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Corações de dragão

Summary:

Após a perda devastadora de Laena e seus filhos, Daemon Targaryen é agraciado com uma segunda chance de redenção. Retornando à Pedra do Dragão, ele se vê diante do desafio de corrigir seus erros do passado e valorizar a família que sempre teve ao seu lado. Com o apoio de Laena e o renascimento de laços familiares, Daemon enfrentará antigos inimigos, reencontrará a força em seu legado e provará que o verdadeiro poder reside no amor. Em uma jornada repleta de desafios e descobertas, ele deve lutar para proteger sua família e conquistar o trono que é seu por direito. "Corações de Dragão" é uma história de amor, coragem e redenção, onde o destino de Westeros está nas mãos de um homem que finalmente aprendeu a importância de valorizar o que realmente importa.

Notes:

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Chapter 1: O Peso dos erros do passado

Chapter Text

As chamas do dragão lambiam os céus de Pedra do Dragão, mas dentro de Daemon Targaryen, apenas a escuridão permanecia. Ele, o Príncipe Rebelde, aquele que havia desafiado reinos e governantes, agora se sentia quebrado, sozinho em meio à grandiosidade das muralhas que um dia chamara de lar. Sua alma estava marcada pela perda, um vazio que as conquistas e as batalhas jamais preencheriam.

 

Ele havia perdido Laena. E suas filhas. Um erro após o outro, uma sequência de escolhas que o levaram a isso. Ele não valorizara o que tinha quando estavam vivos, preso demais em suas ambições, em sua sede pelo trono e pela vingança contra Viserys e Rhaenyra. Agora, sua única companhia era o arrependimento.

 

Daemon caminhava pelos corredores vazios, cada pedra da fortaleza relembrando-o das risadas que não mais ouvia, dos passos apressados das filhas correndo pelos corredores, da voz firme de Laena que trazia equilíbrio ao seu caos. Seu coração, acostumado a suportar a dor da batalha, agora parecia não aguentar o fardo da culpa.

 

O salão onde tantas vezes ele e Laena haviam jantado em silêncio, pois as palavras entre eles eram escassas, estava vazio. Ele nunca dera a atenção que ela merecia. Nunca enxergara o valor da mulher forte e leal que o amara incondicionalmente. Agora, sem ela, as sombras se alongavam, cada canto da fortaleza lembrando-o de como ele falhara.

 

Daemon parou diante de um espelho, seu rosto refletido na superfície. "O que eu fiz?" sussurrou, encarando os próprios olhos, mas não reconhecendo o homem que via. Ele era um fantasma, uma sombra de quem um dia fora. As rugas em sua testa, os sulcos da pele ao redor dos olhos, tudo indicava o desgaste dos anos. Mas era o vazio em seu olhar que o aterrorizava.

 

Ele se lembrou do dia em que Laena morreu. Ela se foi em dor, em chamas, com sua última força dedicada a escolher seu próprio destino. Ela merecia um marido que a entendesse, que a apoiasse, mas Daemon estava tão cego por seus próprios demônios que a deixou partir sem sequer tentar segurá-la de volta. E suas filhas… oh, como ele falhou com elas. Ele as abandonara emocionalmente, tão envolto em suas conspirações e ambições que não conseguiu ver o sofrimento delas. Ele as tratara como peças em um tabuleiro de xadrez, quando na verdade deveriam ter sido seu tesouro mais valioso.

 

Sentado na escuridão, Daemon fechou os olhos, as lembranças inundando sua mente. Ele ouviu o som dos risos infantis, a voz de Laena chamando-o para jantar, os momentos em que ele poderia ter sido um pai e marido melhor, mas escolheu a guerra em vez da paz. O vento assobiava pelas frestas das janelas, como se a própria Pedra do Dragão estivesse chorando junto com ele.

 

Naquela noite, ele não dormiu. Ficou acordado, encarando o teto, relembrando todos os momentos que desperdiçou, todas as vezes que poderia ter dito que amava Laena, mas não disse. Quando o amanhecer finalmente chegou, ele estava decidido. Não havia mais volta, não havia mais como trazer sua família de volta dos mortos.

Ou assim ele pensava.

 

Nos dias que se seguiram, Daemon foi surpreendido por uma aparição em um sonho. Uma deusa, ou talvez uma força maior que ele não compreendia, apareceu diante dele. Seus olhos brilhavam com a luz das estrelas, e sua voz era ao mesmo tempo reconfortante e aterrorizante.

 

— Você foi escolhido, Daemon Targaryen, para ter uma segunda chance. — A voz ecoou na sua mente, cada palavra reverberando em seu coração. — Os deuses veem seu sofrimento, mas também veem sua negligência. Esta é sua única oportunidade. Volte. Volte e faça o que não fez. Valorize aqueles que você perdeu. Pois, se falhar novamente, nem o aço nem o fogo poderão te salvar.

 

Ele acordou suado, o peito arfando, o coração disparado. Suas mãos tremiam, e, por um momento, ele achou que tudo aquilo fora apenas um delírio. Mas quando abriu os olhos, o quarto estava diferente. O vento que entrava pela janela trazia o cheiro fresco do mar, e a luz da manhã iluminava o quarto de uma maneira que ele não via há anos.

Laena estava ao seu lado.

 

Daemon se sentou com um sobressalto, o olhar fixo na figura adormecida de sua esposa. Seu peito subia e descia com a respiração tranquila, os longos cabelos negros espalhados sobre o travesseiro. Ele a observou por um momento, o coração quase parando ao perceber que era real.

 

Ele estava de volta.

 

Ele voltou no tempo. Antes de sua morte, antes das escolhas erradas que o levaram à ruína. Daemon sentiu o peso da segunda chance caindo sobre seus ombros. Desta vez, ele não falharia. Desta vez, ele valorizaria Laena, cuidaria de suas filhas e protegeria sua família.

 

Aproximou-se dela, com cuidado para não acordá-la, e olhou para o rosto de Laena. Tantas vezes ele se afastara emocionalmente, preocupado com seus próprios interesses. Agora, olhando para ela, ele via a mulher forte e determinada que sempre esteve ao seu lado, esperando que ele a notasse, que a valorizasse. Ele passara tanto tempo em guerra com o mundo, com seus inimigos, com sua própria família, que se esquecera de valorizar o que tinha ao seu lado.

 

Daemon sentiu os olhos arderem. Ele não podia falhar de novo.

 

Com uma mão trêmula, ele tocou o rosto de Laena. Ela se mexeu suavemente, os olhos piscando lentamente enquanto despertava. Quando o viu, sorriu com ternura, sem suspeitar da tempestade que o coração de Daemon enfrentava.

 

— Daemon? O que foi? — Ela perguntou, a voz ainda baixa pelo sono.

 

Ele a encarou, sem conseguir falar. Seus olhos traíram sua dor, e Laena, sempre perceptiva, franziu o cenho, sentando-se na cama.

 

— O que aconteceu?

 

Daemon respirou fundo. Havia tanto que ele queria dizer, mas as palavras pareciam pesadas demais. Em vez disso, ele apenas a puxou para perto, abraçando-a como se sua vida dependesse disso. O cheiro dela, o calor de seu corpo, tudo era real. Ele não podia deixar passar dessa vez.

 

— Eu vou valorizar você — ele sussurrou, a voz rouca. — Eu prometo. Desta vez, eu não vou falhar.

 

Laena ficou em silêncio por um momento, talvez surpresa pela repentina demonstração de afeto, mas não questionou. Ela apenas retribuiu o abraço, sentindo o peso daquelas palavras.

 

Daemon sabia que essa era sua segunda chance. E ele faria de tudo para não desperdiçá-la.

 

Mas, enquanto segurava Laena nos braços, ele também sabia que o caminho à frente seria longo, e que os fantasmas do passado ainda pairariam sobre ele, esperando pelo menor deslize.

Chapter 2: O Peso da Promessa

Notes:

(See the end of the chapter for notes.)

Chapter Text

O som suave das ondas quebrando contra as rochas da costa ecoava no amanhecer. Pedra do Dragão ainda repousava sob o véu da escuridão que lentamente se desvanecia, e Daemon sentia o peso de sua promessa gravado em sua alma. Enquanto Laena dormia ao seu lado, ele sabia que o tempo estava correndo, mesmo com a segunda chance que lhe fora concedida. Ele tinha muito a corrigir, e não podia se permitir o luxo de erros.

 

Levantando-se silenciosamente, ele atravessou o quarto com passos firmes, seu olhar fixo na janela, onde o mar parecia uma vastidão interminável. Daemon sempre fora atraído pelas incertezas, pelo desconhecido, mas agora, o desconhecido que ele enfrentava não era externo — estava dentro dele. Era o medo de repetir os mesmos erros, de, uma vez mais, perder o que ele finalmente compreendia ser mais importante do que qualquer trono ou coroa.

 

Ele se aproximou da janela, sentindo a brisa fria tocar sua pele enquanto olhava para o horizonte. Suas mãos, que tantas vezes empunharam espadas e guiaram dragões, agora tremiam com a responsabilidade que ele carregava. Ele sempre fora forte na batalha, implacável contra seus inimigos, mas as lutas dentro de si, aquelas que envolviam as pessoas que amava, eram diferentes. Eram lutas que exigiam mais do que força bruta.

 

Daemon sabia que não poderia consertar tudo de uma vez. Laena, Rhaena, Baela... cada uma delas merecia mais do que promessas vazias. Elas precisavam de ações, de gestos que mostrassem que ele estava verdadeiramente comprometido em ser o homem, o marido e o pai que sempre deveria ter sido. O homem que ele falhou em ser antes.

 

Um som suave o tirou de seus pensamentos. Ele se virou e viu Laena, já acordada, sentada na beira da cama, seus olhos observando-o com uma mistura de curiosidade e preocupação. Havia algo em seu olhar que o desarmava, algo que ele nunca se permitiu entender completamente. Ela sempre o conhecera melhor do que qualquer um, até melhor do que ele mesmo, e agora ele percebia que talvez fosse esse o problema. Ele nunca se permitira ser verdadeiramente vulnerável perto dela, e agora entendia que essa era a única maneira de realmente mostrar que ele havia mudado.

 

— Você não dormiu? — A voz de Laena era suave, mas carregava a preocupação que Daemon sempre ignorava. Ele a olhou por um momento, as palavras pesando em sua mente antes de finalmente responder.

 

— Estive pensando — ele disse, a voz grave. — Pensando em nós. Nas meninas.

 

Laena inclinou a cabeça levemente, observando-o com seus olhos penetrantes, esperando que ele dissesse mais. Daemon respirou fundo, sentindo o peso do que estava prestes a dizer.

 

— Eu falhei com você, Laena — ele finalmente admitiu, as palavras amargas na boca. — Com você, com as meninas. Eu estive tão cego pelo poder, pela vingança, que deixei de lado o que realmente importava. E isso me custou tudo.

 

Laena ficou em silêncio por um momento, e Daemon não podia deixar de se perguntar o que ela estava pensando. Ele esperava raiva, ressentimento, ou talvez indiferença. Ele a havia magoado profundamente, e sabia que não seria fácil reparar os danos. Mas Laena, com a calma que sempre fora sua marca, apenas suspirou.

 

— Daemon — ela começou, escolhendo cuidadosamente suas palavras. — Eu sempre soube que você era mais do que o homem que mostrava ao mundo. Você carrega tantos fardos, tantas lutas internas. Mas nunca imaginei que ouviria essas palavras de você. — Ela parou por um momento, seus olhos fixos nele. — O que mudou?

 

Ele hesitou. Como poderia explicar o que aconteceu? A visão que tivera, a promessa que fez aos deuses? Tudo parecia distante agora, como um sonho que mal conseguia lembrar, mas o peso daquilo estava tão presente quanto as cicatrizes em seu corpo.

 

— Eu... eu tive uma visão — disse ele, sem saber como explicar com clareza. — Uma segunda chance, Laena. Uma oportunidade de corrigir o que eu fiz de errado. Eu não posso falhar de novo. Não com você. Não com as meninas.

 

Laena o encarou, seus olhos piscando lentamente, absorvendo suas palavras. Daemon sabia que ela não era uma mulher de aceitar explicações vagas, então ele deu um passo à frente, aproximando-se da cama onde ela ainda estava sentada. Suas mãos encontraram as dela, e ele se ajoelhou diante de sua esposa, um gesto que poucos teriam acreditado que o Príncipe Rebelde fosse capaz de fazer. Mas ele o fez, porque era a única maneira de mostrar a Laena que ele estava disposto a se humilhar, a colocar seu orgulho de lado por ela e por suas filhas.

 

— Laena — sua voz era baixa, quase um sussurro. — Eu te perdi uma vez. Perdi nossas filhas. E não pude fazer nada. Eu fui um idiota, cego por coisas que não importam. Agora eu entendo o que realmente importa. Você. As meninas. Nossa família.

 

A expressão de Laena suavizou, e ela apertou levemente as mãos de Daemon, seus dedos roçando os dele de forma reconfortante

 

— Você realmente acredita que pode mudar, Daemon? — Ela perguntou, sua voz séria, mas sem julgamento.

 

Ele assentiu, seus olhos fixos nos dela, um olhar que ele sabia que tinha sido ausente por tempo demais. — Eu tenho que mudar. Por você. Por nossas filhas. Por mim mesmo. Eu quero ser o homem que vocês merecem.

 

Laena o estudou por um longo momento antes de finalmente sorrir, um sorriso leve, mas cheio de significado.

 

— Então prove, Daemon. Prove que essa segunda chance não será desperdiçada

 

Ele segurou seu olhar, determinado. — Eu vou.

 

Enquanto os dois se encaravam, algo dentro de Daemon mudou. Pela primeira vez em anos, ele se sentiu vulnerável. E isso o assustava. Ele, o Príncipe Dragão, sempre foi conhecido por sua força e audácia, mas agora, diante da mulher que ele quase perdeu, ele descobriu uma força maior: a coragem de ser honesto. Com ela, com suas filhas, e com ele mesmo

 

Laena se levantou da cama, estendendo a mão para ele. — Venha. Vamos ver as meninas

 

Daemon se levantou e, pela primeira vez em muito tempo, seguiu Laena sem hesitar. Hoje seria o primeiro passo. Não haveria mais distância entre ele e sua família. Haveria dificuldades, ele sabia disso. Mas desta vez, ele enfrentaria cada uma delas com o coração no lugar certo.

 

E enquanto caminhava ao lado de Laena pelos corredores de Pedra do Dragão, ele soube que essa segunda chance não seria desperdiçada. Não desta vez.

 

Continua.........

Notes:

Olá gente eu sei que desaparece e sinceramente pecos desculpas mas estava com um bloqueio criativo muito grande para este e os outros projetos que estão aqui bem como os que vão vim mais esse bloqueio já passou e vou cumprir a ordem de postagem ja estabelecida agora que conseguir finalmente me organizar espero que gostem desse capítulo me contam o que acharam e o que esperam que aconteça a seguir deixe muitos Kudos se o número de kudos atingir Cem eu faço uma maratona dessa história com seis capitulos de uma vez só se cuidem e fiquem seguros e lembre-se você não está sozinho nos temos um ao outro aqui no ao3 nós somos uma família como os targaryen totalmente disfuncional mas que tem amor

Chapter 3: O Peso das Expectativas

Notes:

Olá gente finalmente tive um tempo para postar sou estudante e as vezes tudo o que quero é dormir mais vou tentar postar dia sim e dia não porque tenho várias histórias para mostrar para vcs bem sem mais delongas que comece o terceiro capítulo

Chapter Text

As chamas na lareira do salão principal de Pedra do Dragão dançavam preguiçosamente, iluminando os rostos de Daemon e Laena enquanto caminhavam lado a lado pelos corredores silenciosos. Daemon ainda sentia a gravidade da promessa que fizera à esposa pesar em seus ombros, mas, pela primeira vez em muito tempo, sentia que poderia carregar esse fardo. Ele estava determinado a ser o homem que Laena e suas filhas precisavam. No entanto, sabia que provar isso não seria fácil.

 

Rhaena e Baela. Os nomes de suas filhas ecoavam em sua mente, seguidos por memórias agridoce dos dias em que ele as via apenas como uma parte da grandeza que ele almejava. Elas eram o futuro de sua linhagem, descendentes de dragões, mas Daemon sabia que falhara em tratá-las como mais do que isso. Como filhas, como seres humanos com sentimentos e necessidades próprias. Isso precisava mudar.

 

Quando eles chegaram ao quarto das meninas, Laena parou na porta, o olhar dela fixo em Daemon. — As coisas não serão fáceis com elas, você sabe disso — disse ela suavemente, mas firme. — Elas te amam, mas também se lembram de quando você não estava presente.

 

Daemon acenou lentamente, sabendo que Laena estava certa. Havia uma distância entre ele e suas filhas que não poderia ser preenchida com palavras vazias ou promessas. Seria necessário mais do que isso.

 

Laena abriu a porta, e dentro do quarto, Rhaena e Baela estavam sentadas perto da janela, observando o céu que começava a clarear. Ambas se viraram ao ouvir o som da porta abrindo, e Daemon não pôde deixar de notar a hesitação em seus olhares. Ele se perguntou quantas vezes elas haviam olhado para ele daquela forma, com esperança misturada com decepção.

 

— Meninas — Laena chamou com suavidade, avançando para abraçá-las. — Seu pai queria falar com vocês.

 

Daemon ficou parado por um momento, as palavras presas na garganta. Ele sabia como ser um guerreiro, um comandante, mas diante de suas filhas, sentiu-se estranhamente vulnerável. Era como se estivesse enfrentando uma batalha que não sabia como vencer.

 

Baela, a mais ousada das duas, levantou-se primeiro, seus olhos fixos em Daemon. — O que você quer, pai? — perguntou ela, sua voz carregada de uma mistura de desafio e curiosidade.

 

Daemon respirou fundo, dando um passo à frente. — Quero... quero me desculpar — ele começou, sua voz mais suave do que ele esperava. — Eu falhei com vocês. Não estive presente da maneira que deveria. E agora, tudo que quero é corrigir isso.

 

Rhaena, que permanecia sentada, abaixou o olhar para o chão, como se estivesse processando suas palavras. Baela, no entanto, cruzou os braços, o semblante ainda desafiador.

 

— E por que agora? — A pergunta dela era direta, sem rodeios. — Por que só agora você percebeu que nos negligenciou?

 

As palavras dela atingiram Daemon como um golpe inesperado, mas ele sabia que merecia. Elas tinham o direito de questioná-lo, de duvidar de suas intenções. Ele não poderia culpá-las por isso. Então, ao invés de se defender, ele fez o que raramente fazia: admitiu seus erros.

 

— Eu estava cego — ele respondeu honestamente. — Eu achava que o poder, a glória, e tudo que vinha com isso eram as coisas mais importantes. Achei que, ao garantir um futuro para nossa família, estava fazendo o suficiente. Mas me enganei. Vocês... — ele parou, lutando para encontrar as palavras certas. — Vocês são o que realmente importa. Não o trono, não o poder. Vocês.

 

O silêncio caiu sobre o quarto. Daemon observou as reações de suas filhas, e por um momento, temeu que suas palavras não fossem o suficiente. Ele sabia que palavras sozinhas não bastariam, mas ele precisava começar por algum lugar.

 

Foi então que Rhaena finalmente levantou a cabeça, seus olhos brilhando com uma emoção que Daemon não conseguia identificar completamente. Ela se levantou lentamente, caminhando até ele. Daemon ficou imóvel, esperando.

 

— Você promete? — A voz de Rhaena era baixa, quase um sussurro, mas as palavras pesavam como um fardo enorme. — Você promete que não vai nos deixar de lado de novo?

 

Daemon sentiu um aperto no peito. Não era uma promessa simples de fazer, e ele sabia que, se quebrasse essa promessa, as consequências seriam ainda mais devastadoras do que antes. Mas, dessa vez, ele estava determinado a não falhar.

 

— Prometo — ele disse, sua voz firme. — Nunca mais vou falhar com vocês. Não importa o que aconteça.

 

Rhaena olhou para ele por um longo momento antes de finalmente acenar com a cabeça e dar um passo à frente, envolvendo os braços ao redor de seu pai. O gesto simples e inocente quebrou algo dentro de Daemon, algo que ele mal sabia que estava ali. Ele se abaixou, abraçando-a com força, sentindo as lágrimas que ele sempre segurava ameaçarem escapar.

 

Baela observou a cena por um momento, antes de finalmente abaixar a guarda. Ela também caminhou até Daemon, entrando no abraço familiar. Por um momento, o tempo pareceu parar. O silêncio entre eles não era mais de hesitação ou distância, mas de entendimento. Um novo começo.

 

Quando Laena se aproximou, a cena que viu foi uma que, por tanto tempo, ela temera que nunca acontecesse. Daemon, finalmente, com suas filhas, não como um príncipe ou guerreiro, mas como um pai.

 

As lágrimas que ela segurava por tanto tempo finalmente escaparam, mas dessa vez, não eram lágrimas de dor ou desespero. Eram de alívio.

 

Daemon olhou para Laena por cima dos ombros das meninas, e pela primeira vez desde que ele havia recebido sua segunda chance, ele sorriu .

 

Era um pequeno passo, mas para ele, era tudo. Ele sabia que a jornada estava apenas começando. Haveria muitos desafios pela frente, muitos momentos em que ele seria testado. Mas, com Laena e suas filhas ao seu lado, ele acreditava que, dessa vez, não falharia.

 

E assim, o amanhecer finalmente chegou a Pedra do Dragão, trazendo com ele um novo dia, e talvez, um novo Daemon.

 

Continua ....

Chapter 4: O Peso da Coroa

Notes:

Oi gente voltei finalmente deu um tempo e aqui estou como vcs viram no capítulo anterior a nossa família está começando a consertar os seus laços mais quando tudo está indo bem as coisas pioram não é mesmo a paz dura pouco e nesse capítulo a corja de porto real chega a pedra do dragão sim viserys e companhia nesse universo viserys não se casou com alicent e não teve os filhos a guerra como vcs já sabem foi entre daemon e Rhaenyra vcs me perguntam porque simples eu sou time verde com muito orgulho como vcs já devem ter notado só faltou o daemon ao lado de alicent me julguem sou culpada desse crime nunca apoiarei Rhaenyra o irmão do corlys era um sabio só falou a verdade os filhos dela são bastardos e ela é uma puta bom sem mais delongas vamos ao capítulo

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Chapter Text

O céu de Pedra do Dragão estava encoberto por nuvens pesadas, e o vento do mar soprava com uma intensidade cortante quando os barcos de Viserys chegaram ao porto. Daemon observava da muralha, o olhar afiado, enquanto Laena permanecia ao seu lado, as mãos delicadamente descansando sobre sua barriga. As filhas, Baela e Rhaena, estavam dentro do castelo, aguardando, como ele ordenara.

 

A chegada de Viserys não era uma surpresa. Afinal, os laços familiares ainda existiam, mesmo que mais frágeis do que nunca. Mas Daemon sabia que essa visita não trazia boas intenções. Com o rei, viriam seus bajuladores, aqueles que se deliciavam em vê-lo falhar, os mesmos que sempre tratavam Laena e suas filhas como meros acessórios de um príncipe caído em desgraça.

 

— Não vamos deixá-los nos desrespeitar — disse Laena suavemente, os olhos dela fixos no horizonte. — Não mais.

 

Daemon a olhou, e pela primeira vez, o orgulho em sua esposa não era apenas pelo sangue que ela carregava, mas pela força que ela sempre tivera. Ele acenou lentamente, sabendo que ela estava certa. Ele falhou tantas vezes em protegê-la dos olhares condescendentes e palavras ácidas. Mas desta vez, seria diferente.

 

— Eles não ousarão — prometeu ele, a mão dele envolvendo a dela, sua voz mais firme do que nunca.

 

Os barcos finalmente atracaram, e logo Viserys, acompanhado por Rhaenyra, Otto Hightower e outros cortesãos de Porto Real, subiram as escadas de Pedra do Dragão. A expressão de Viserys era serena, como sempre, mas havia uma rigidez em seu porte que Daemon não ignorou. O rei olhou ao redor, observando o castelo, como se fosse a primeira vez que via o local que deveria ser dele, mas que há tempos estava sob o comando de seu irmão.

 

— Irmão — Viserys disse com um aceno suave, mas Daemon viu o cansaço e a irritação escondidos nas rugas no rosto de Viserys.

 

— Majestade — respondeu Daemon, o tom dele respeitoso, mas distante. Ele não se curvou, e não havia calor em suas palavras.

 

Rhaenyra, sempre com o semblante de superioridade, olhou para Laena com aquele mesmo olhar de desdém que tantas vezes feriu sua esposa. Era como se Laena fosse menos do que uma princesa, menos do que alguém digna de estar ao lado de Daemon, algo que irritava profundamente o príncipe. Otto Hightower, que nunca escondeu seu desprezo pela linhagem Velaryon, permaneceu calado, mas o olhar dele percorreu Laena e as crianças com aquela mesma arrogância velada.

 

— Vejo que o mar continua a ser generoso com sua família, Laena — comentou Rhaenyra com um sorriso forçado, suas palavras impregnadas de ironia. — Afinal, os Velaryon sempre foram bons em navegar por águas turbulentas.

 

Laena manteve a compostura, como sempre fazia, e Daemon sentiu o familiar nó de raiva apertar em sua garganta. Em tempos passados, ele teria ficado em silêncio, permitindo que as ofensas passassem despercebidas, achando que o poder falaria por si. Mas agora, com sua nova perspectiva, ele sabia que precisava agir. Ele não permitiria que Laena ou suas filhas fossem pisoteadas novamente por aqueles que achavam que o sangue real lhes dava o direito de insultar.

 

— O mar pode ser traiçoeiro, mas também é implacável com aqueles que subestimam seu poder — disse Daemon, sua voz calma, mas cortante. Ele deu um passo à frente, posicionando-se deliberadamente entre Laena e Rhaenyra, seus olhos fixos nos de sua sobrinha. — Algo que aqueles que vivem cercados por muralhas de pedra frequentemente esquecem.

 

Rhaenyra arqueou uma sobrancelha, surpresa com a resposta direta de Daemon. Viserys, por sua vez, franziu o cenho, percebendo a mudança no comportamento de seu irmão.

 

— Estamos aqui em espírito de reconciliação, Daemon — disse o rei, tentando amenizar a tensão crescente. — Não precisamos de disputas.

 

— Então que sua corte demonstre respeito, irmão — retrucou Daemon, seu tom desafiador. — Não vou mais tolerar desdém ou insultos contra minha esposa e minhas filhas

 

Viserys hesitou, seus olhos viajando entre Daemon e Laena. Ele não estava acostumado a ver o irmão tão protetor, tão firme. Antes, Daemon parecia mais focado em seu próprio status, na busca por poder, negligenciando aqueles ao seu redor. Mas agora... agora havia algo diferente. Algo que Viserys não conseguia ignorar.

 

Otto Hightower, no entanto, decidiu que aquele era o momento para intervir. O Grão-Meistre Hightower sempre fora uma serpente paciente, esperando para deslizar as palavras venenosas no momento certo.

 

— O príncipe Daemon tem se mostrado... dedicado a seus deveres familiares, pelo que vejo — comentou Otto, um sorriso calculado em seus lábios. — Certamente, o reino apreciaria ver tal devoção refletida em atos mais nobres em nome da coroa.

 

Daemon girou lentamente para encarar Otto, o sorriso falso do Grão-Meistre apenas inflamando ainda mais seu desejo de revidar. Ele sabia que Otto nunca o respeitou, sempre o via como uma ameaça à posição de poder que ele segurava tão firmemente.

 

— Meu dever é com a minha família — disse Daemon com um tom de aço. — E se isso significa proteger os meus de comentários maliciosos e olhares desdenhosos, então sim, Otto, você verá minha devoção em ato. Aqui. E agora.

 

A atmosfera se tornou pesada. Rhaenyra estreitou os olhos, percebendo que Daemon não estava disposto a recuar. Viserys abriu a boca para intervir, mas Daemon continuou.

 

— Vocês vieram aqui para nos testar, para ver se ainda sou o mesmo homem que uma vez ansiava pelo trono e pela glória — disse ele, dando um passo à frente, desafiando diretamente a presença do rei e sua corte. — Mas agora, eu luto por algo muito maior do que títulos vazios ou poder efêmero. Luto por minha esposa, minhas filhas, pela nossa casa.

 

O silêncio tomou conta . Viserys permaneceu quieto, finalmente compreendendo a profundidade das palavras de Daemon. Havia algo inabalável em sua postura, algo que o rei nunca vira em seu irmão. Uma convicção que o assustava.

 

Laena ficou ao lado de Daemon, segurando a mão dele com firmeza, orgulhosa da posição que ele finalmente havia tomado. Pela primeira vez, Daemon não estava apenas desafiando seu irmão e os cortesãos de Porto Real. Ele estava defendendo sua verdadeira família — aquela que ele, por tanto tempo, negligenciara.

 

— Muito bem — disse Viserys, erguendo a mão, pedindo silêncio. — Não viemos aqui para causar discórdia. Se esse é o caminho que você escolheu, Daemon, então que assim seja. Não vamos mais interferir.

 

Daemon não disse nada, mas o olhar que ele lançou ao irmão foi suficiente. Ele havia tomado sua posição, e não iria mais ceder .

 

O resto da visita foi breve. Viserys e seus companheiros partiram logo depois, deixando Pedra do Dragão em um silêncio muito mais tranquilo do que aquele com que chegaram. Daemon observou os barcos se afastarem, e, ao lado dele, Laena exalou um suspiro aliviado.

 

— Você fez o certo — disse ela suavemente, seus olhos brilhando de orgulho. — Eu sabia que, quando chegasse o momento, você nos defenderia.

 

Daemon segurou sua mão, olhando para o mar que se estendia além do horizonte.

 

— Nunca mais deixarei que nos tratem como menos do que somos — disse ele com determinação. — Nunca mais.

Notes:

Gente esperam que tenham gostado lembre de deixar kudos e comentários espero que tentam gostado próxima atualização quinta feira até lá

Chapter 5: Capítulo 5: Sob as Asas do Dragão

Notes:

Como prometido o capítulo cinco Este será um capítulo mais suave, que mostrará o quanto Daemon realmente valoriza sua família agora, e como ele está determinado a aproveitar cada segundo dessa segunda chance que os deuses lhe deram.

Uma calmaria antes da tempestade porque infelizmente a paz não pode durar para sempre no mundo dos dragões não até os inimigos serem completamente eliminados

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Chapter Text

O sol se punha em Pedra do Dragão, tingindo o céu de laranja e rosa, um reflexo perfeito da tranquilidade que começava a se instalar entre os muros do castelo. O vento do mar era gentil naquela tarde, balançando as folhas das poucas árvores ao redor e trazendo consigo um raro momento de paz.

 

Daemon estava no pátio, observando as filhas enquanto elas corriam ao redor de Vhagar, que repousava preguiçosamente em uma clareira próxima. Laena estava sentada em uma cadeira de madeira sob a sombra de uma árvore, uma mão descansando em sua barriga levemente arredondada. Ela olhava para Daemon, as filhas e o dragão com um sorriso calmo, os olhos brilhando com uma paz que ele nunca a vira expressar antes.

 

Baela, a mais audaciosa das gêmeas, corria em círculos ao redor de Vhagar, suas risadas ecoando pelo pátio. Rhaena, mais tranquila e observadora, seguia a irmã a uma distância segura, mas seus olhos estavam fixos no imenso dragão, como se estivesse decidindo se se aproximaria mais ou não.

 

— Não é todo dia que elas podem brincar com uma criatura tão poderosa — comentou Laena suavemente, quebrando o silêncio que reinava entre ela e Daemon.

 

Daemon sorriu de canto, os olhos ainda fixos nas filhas. Ele tinha visto tanto poder, tanto fogo ao longo de sua vida, mas nunca nada tão puro quanto a alegria delas naquele momento. Era uma visão que ele sabia que não poderia jamais esquecer.

 

— Elas têm o espírito de dragões — respondeu ele, orgulhoso. — Assim como você.

 

Laena riu suavemente, mas não respondeu. Ela sabia o quanto Daemon se arrependera por não valorizar esses momentos no passado. Mas agora, enquanto o sol se punha e o vento soprava gentilmente, ela sentia que algo havia mudado. Não apenas em Daemon, mas em todos eles.

 

— Papai! — Baela chamou, interrompendo os pensamentos de Laena. — Vhagar está me ignorando! Acho que ela gosta mais da mamãe.

 

Daemon riu, afastando-se da árvore para se aproximar da filha. Ele a ergueu nos braços com facilidade, girando-a no ar enquanto ela ria, antes de colocá-la no chão, perto da gigantesca cabeça de Vhagar.

 

— Ela respeita aqueles que não têm medo — disse ele, agachando-se ao lado da filha, com o tom de alguém que conhecia bem os dragões. — Mas você deve se aproximar com respeito, não com gritos. Ela é uma senhora antiga, com muitos segredos.

 

Baela arregalou os olhos, absorvendo cada palavra do pai. Daemon sabia o quão especial aquele momento era para ela — uma conexão com seu sangue, com sua herança, e com ele. Antes, ele havia se distanciado, mas agora, ele estava determinado a estar presente, a guiá-las pelo caminho dos Targaryen e Velaryon, como deveria ter feito desde o início.

 

Rhaena, que estava um pouco mais afastada, observava em silêncio, os olhos fixos na interação entre o pai e a irmã. Daemon percebeu e sorriu para ela, estendendo a mão.

 

— Venha, Rhaena — ele chamou suavemente. — Vhagar é sua também, se você a aceitar.

 

Rhaena hesitou por um momento, mas, finalmente, deu um passo à frente. Com cautela, ela se aproximou, os olhos atentos a cada movimento do imenso dragão. Quando ela finalmente chegou perto o suficiente, Daemon puxou-a para seu lado, segurando as duas filhas com firmeza.

 

— Você é forte — ele disse, seus olhos fixos nos de Rhaena. — Não precisa ter medo. O sangue do dragão corre em suas veias.

 

A jovem menina respirou fundo e, para surpresa de Daemon, estendeu a mão e tocou suavemente o focinho de Vhagar. O dragão não reagiu, permanecendo imóvel, mas Daemon podia sentir a leve conexão que sua filha estava começando a forjar com a criatura.

 

Atrás deles, Laena observava a cena com lágrimas nos olhos. Era o tipo de momento que ela sempre desejou — um Daemon presente, atento e carinhoso com as filhas. Ela sabia o quanto ele lutava contra seus próprios demônios, e o quanto essa segunda chance significava para ele. Ver Daemon ali, segurando as filhas com tanto amor e orgulho, era tudo que ela sempre quis.

 

Quando a noite finalmente caiu, Laena chamou as meninas para dentro, mas Daemon hesitou. Ele não queria que aquele dia terminasse. Não queria que esse raro momento de felicidade escapasse tão rápido.

 

— Vamos, Daemon — Laena sorriu, estendendo a mão para ele. — Você vai ter muitos outros dias como este. Não precisa temer.

 

Daemon segurou a mão de Laena, erguendo-se com um suspiro pesado. Ele sabia que ela estava certa, mas o peso de tudo o que ele perdeu no passado ainda pesava em seus ombros. Agora, porém, ele tinha uma chance de fazer diferente, de valorizar cada momento com sua família.

 

Dentro do castelo, as meninas foram rapidamente para a cama, exaustas das brincadeiras com o dragão. Daemon as observou enquanto Laena as cobria, murmurando uma canção suave em alto valiriano, uma melodia que sua mãe cantava para ela quando criança.

 

— Elas são fortes, como você — Daemon disse em voz baixa, observando as meninas finalmente adormecerem.

 

— E como você também — Laena sorriu, segurando a mão dele. — Elas têm a melhor parte de nós dois.

 

Daemon a puxou gentilmente para seus braços, abraçando-a com força. Ali, naquele momento, sentiu-se completo de uma forma que nunca havia experimentado antes. O príncipe que antes ansiava por guerra, glória e poder agora encontrava sua maior realização na família que quase perdeu.

 

— Eu nunca mais vou falhar com vocês — ele sussurrou contra os cabelos dela.

 

Laena olhou para ele com ternura e orgulho. Ela sabia que Daemon, com todas as suas falhas e pecados, estava genuinamente tentando ser o homem e pai que sempre deveria ter sido.

 

— Você já nos deu mais do que poderia imaginar, Daemon — ela disse, erguendo-se nas pontas dos pés para beijar seu rosto. — E isso é tudo que importa.

 

A noite caiu silenciosa e pacífica sobre Pedra do Dragão, com o som distante das ondas batendo contra as pedras, e Daemon, pela primeira vez, sentiu que estava exatamente onde deveria estar.

Notes:

Bem foi isso por hj espero que tenham gostado devo continuar ou me aposentar dessa tag hein ? Bem brincadeiras aparte eu não vou parar porque eu amo esses dois e o amor deles deveria ser explorado uma pena que não foi porque eles preferem sempre que as relações terminem um lixo bem no próximo capítulo a corja de porto real volta porque são uns abutres é só vão parar quando forem devidamente eliminados e eu quero esclarecer uma coisa alicent nunca se casou com viserys por tanto ela não teve filhos com ele porque eu não conseguiria escrever uma história que ela fosse a vilã porque ela não é e tbm vc pode ver pelas minhas outras histórias que eu amo escrever sobre ela e daemon então eles serem inimigos está fora de cogitação mas vai rolar guerra vai rolar de novo a dança entre daemon e Rhaenyra daemon não vai reivindicar o trono por poder e pela segurança da família é o único jeito de proteger a família tendo poder absoluto bem até a próxima amanhã ou terça sai fiquem ligados

Chapter 6: Lobo em Pele de Cordeiro

Notes:

Gente vamos de novo lidar com a corja de porto real não vai ser a última vez mais é necessário agora pelo menos estar chegando o momento de sabemos porque de todos os targaryen daemon recebeu a segunda chance mas não nesse não ainda não eu te faço a pergunta porque daemon ? De tantos targaryen que falharem Justo ele ? Mas tbm porque não ele?

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Chapter Text

O sol mal havia nascido sobre Pedra do Dragão quando o vento trouxe más notícias. Um corvo chegou de Porto Real, com uma mensagem que Laena leu em silêncio, enquanto Daemon observava suas expressões mudarem de calma para algo mais sombrio. Ela entregou a carta para ele, sem dizer uma palavra

 

"Viserys vem a Pedra do Dragão, acompanhado de Rhaenyra e seus filhos", diziam as palavras frias e formais

 

Daemon sentiu seu estômago se apertar. Ele não via o irmão desde o último confronto deles l. Tantas palavras ditas com veneno, tantos ressentimentos jamais resolvidos. Daemon sabia que Viserys não era um inimigo qualquer, mas sim uma sombra constante em sua vida. Agora, porém, ele estava diferente. Com Laena e suas filhas ao seu lado, Daemon não era mais o homem inconsequente e sem raízes que fora no passado. Esta visita seria um teste — não apenas para ele, mas para a paz que ele estava tentando construir

 

— Eles não são bem-vindos aqui — Daemon murmurou, as mãos apertando a carta. — Especialmente depois de tudo.

 

Laena o observou por um momento, seus olhos fixos no rosto dele, analisando cada nuance de sua expressão. Ela sabia o quanto Viserys e Rhaenyra o afetavam, o quanto o passado ainda o assombrava, mas, ao mesmo tempo, ela via algo diferente agora. Daemon não estava disposto a ceder à raiva tão facilmente quanto antes.

 

— Não temos escolha — Laena respondeu com um tom calmo, mas firme. — Eles estão vindo, e devemos enfrentá-los

 

Daemon respirou fundo, seus pensamentos correndo. Ele sabia que Viserys e Rhaenyra trariam tensão, conflitos velados e, possivelmente, acusações. Mas ele também sabia que não era mais o homem que deixaria que pisassem em sua família.

 

— Elas não estarão sozinhas — ele disse finalmente, olhando para Laena com determinação. — Não mais. Eu não deixarei que Viserys ou Rhaenyra as pisoteiem.

 

Laena sorriu suavemente. Ela sabia que o homem diante dela estava mudado, mas o caminho ainda seria árduo. No entanto, havia algo de tranquilizador no fato de que, desta vez, ele lutaria por elas, em vez de fugir para suas ambições de poder .

 

Quando o dia se aproximou do meio, os estandartes reais eram visíveis ao longe. Rhaenyra chegou primeiro, com sua comitiva de filhos e guardas. Viserys vinha logo atrás, mais frágil do que nunca, montado em seu cavalo branco, a postura ereta mal escondendo o peso da idade que avançava. O rei parecia uma sombra do homem que Daemon conhecera na juventude — a saúde precária e os ombros curvados indicavam que os anos de reinado e conflito haviam cobrado seu preço.

 

Eles chegaram ao pátio, onde Daemon, Laena e suas filhas esperavam. Baela e Rhaena estavam ao lado dos pais, suas pequenas mãos segurando firmemente as de Laena, enquanto observavam o grupo que chegava com uma curiosidade que apenas as crianças podiam demonstrar.

 

— Irmão — Viserys disse com a voz rouca, enquanto descia do cavalo com dificuldade. — Há quanto tempo...

 

Daemon não respondeu de imediato. Ele apenas olhou para o rei, lembrando-se do quanto havia perdido e ganho desde que se afastaram. Rhaenyra, por outro lado, manteve-se em silêncio, observando Laena com um leve desdém mal disfarçado. Daemon pôde sentir a tensão no ar, como se um fio invisível estivesse prestes a se romper

 

— Venham — Daemon disse finalmente, gesticulando para que entrassem no salão principal. — Temos muito a discutir.

 

As horas que se seguiram foram tensas, com Viserys tentando evitar os assuntos mais delicados, enquanto Rhaenyra, impaciente, fazia comentários sutis sobre a vida de Daemon em Pedra do Dragão. Ela claramente não via valor na vida que ele havia construído ali — uma vida de família, de união.

 

— Eu nunca imaginei que você seria o tipo de homem para se esconder em uma ilha, cuidando de crianças — Rhaenyra disse em tom de desprezo, enquanto seus filhos corriam pelo salão, rindo e fazendo bagunça.

 

Daemon sentiu o sangue subir à cabeça, mas antes que ele pudesse responder, foi Laena quem falou, sua voz calma, porém afiada como o aço valiriano.

 

— Cuidar de crianças, minha senhora, é uma das maiores responsabilidades que podemos ter. Um verdadeiro pai e mãe sabem que a proteção de sua família é mais importante do que qualquer trono.

 

Rhaenyra arqueou as sobrancelhas, visivelmente surpresa pela resposta afiada de Laena. Mas foi Viserys quem interrompeu a tensão crescente.

 

— Estamos aqui para restaurar os laços de família, não para criar novas rixas — disse ele, a voz cansada. — Daemon, você sempre foi um Targaryen difícil de controlar, mas ainda somos irmãos. Devemos encontrar um caminho para a paz.

 

Daemon olhou para Viserys, sua mente fervilhando com memórias do passado. Mas, quando olhou para Laena e suas filhas, a raiva que sempre o consumira começou a se dissipar. Ele sabia o que precisava fazer.

 

— A paz, irmão, só será possível se houver respeito mútuo — Daemon respondeu, seus olhos fixos nos de Viserys. — E eu não permitirei que minha família seja desrespeitada, por ninguém. Nem por você, nem por Rhaenyra.

 

Rhaenyra abriu a boca para protestar, mas Viserys a silenciou com um gesto. O rei sabia que Daemon falava sério desta vez, e que qualquer tentativa de desafiá-lo resultaria em um confronto que ele não podia se dar ao luxo de enfrentar agora.

 

— Que seja — disse Viserys finalmente, com um suspiro pesado. — Não vim aqui para brigar, Daemon. Vim para tentar consertar o que resta de nossa família.

 

Daemon assentiu, mas sabia que as palavras do irmão eram apenas uma promessa frágil. Viserys poderia desejar a paz, mas Rhaenyra e seus filhos eram outra história. E, enquanto eles estivessem por perto, ele teria que estar em alerta.

 

Quando a noite caiu e a comitiva de Viserys se retirou para os aposentos preparados para eles, Daemon e Laena ficaram sozinhos no salão principal, o silêncio preenchido apenas pelo crepitar da lareira.

 

— Você fez bem hoje — Laena disse suavemente, aproximando-se dele. — Por nós.

 

Daemon a puxou para seus braços, sentindo o calor reconfortante de sua presença. Ele sabia que o maior desafio ainda estava por vir, mas, pela primeira vez, sentiu-se verdadeiramente preparado para enfrentá-lo.

 

— Por nós — ele repetiu, determinado. — E eu não deixarei ninguém nos tirar isso.

Notes:

Bem Viserys continua cego como sempre achamos que pode consertar mais não dar mais para consertar essa tapeçaria quebrada não com palavras espero que tenham gostado deixem lidos cuidem -se até mais

Chapter 7: Laços de Sangue e Desconfiança

Notes:

Olá galera capítulo novo para vcs corlys e rhaenys estão chegando daemon terá que lidar com os sogros difícil mas não impossível

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Chapter Text

O sol nascera radiante sobre Pedra do Dragão, mas a atmosfera estava longe de refletir a beleza do dia. Os ventos traziam o som dos cavalos se aproximando, um prenúncio da chegada dos Velaryon. Daemon sabia que essa reunião seria crucial não apenas para reafirmar sua posição entre os Targaryens, mas também para recuperar a confiança de sua própria família.

 

Enquanto se preparava para a chegada, seu olhar vagou pela praia, onde as ondas batiam suavemente na areia. Ele pensava em tudo o que havia acontecido — nas escolhas que fizera, nas palavras ditas e não ditas. Havia um peso em seu coração, uma sensação de que cada erro do passado se manifestaria na forma de olhares desconfiados e palavras cortantes

 

Laena estava ao seu lado, sua mão apertando a dele, oferecendo um conforto silencioso. As filhas estavam entretidas, brincando com um pequeno dragão de papel que haviam feito juntas. A inocência delas era um lembrete do que ele estava lutando para proteger.

 

— Eles estão chegando — Laena disse, seu tom leve, mas Daemon podia sentir a tensão em sua voz.

 

— Sim — ele respondeu, os músculos da mandíbula se contraindo. — Estão aqui para discutir… a nova ordem das coisas.

 

Logo, os primeiros membros da Casa Velaryon apareceram no horizonte, os estandartes verdes e prateados flutuando ao vento. O coração de Daemon acelerou. Ele sabia que a presença de Corlys e Rhaenys traria um peso imenso, e os olhos deles, como os de um lobo faminto, estavam prontos para avaliar cada movimento dele.

 

Quando Corlys Velaryon desceu de seu cavalo, sua expressão era severa, um misto de determinação e decepção. Rhaenys o seguia de perto, a cabeça erguida com dignidade, mas seus olhos falavam de desconfiança.

 

— Daemon — Corlys começou, sua voz profunda ecoando entre os presentes. — Você está longe de ser o homem que conhecíamos. Depois de tudo o que aconteceu…

 

— Eu sei que não sou o mesmo — Daemon interrompeu, a sinceridade em sua voz fazendo com que Rhaena e Baela se aproximassem mais de Laena, como se quisessem proteção. — Mas eu estou aqui para mudar isso. Para recuperar o que perdemos.

 

Corlys o avaliou com um olhar intenso, e Daemon sentiu o peso da avaliação. Ele não podia culpar Corlys por sua desconfiança. O peso de sua própria história o tornava um homem de difícil confiança, especialmente quando se tratava de sua família.

 

— As vidas de nossas crianças estão em suas mãos agora — Rhaenys falou, sua voz suave, mas firme. — A confiança não é facilmente restaurada, Daemon. Você precisará se esforçar para ganhar nossa lealdade de volta.

 

— Eu estou preparado para isso — Daemon respondeu, seu tom carregado de determinação. — E não vou deixar que nada interfira em nossa família novamente.

 

Os Velaryon estavam longe de serem unânimes em sua confiança. Com a tensão palpável, Daemon fez um esforço consciente para se aproximar deles, buscando o diálogo ao invés do conflito. Ele começou a falar sobre o futuro, sobre a segurança que pretendia garantir para todos eles.

 

— Precisamos estar unidos — ele enfatizou, os olhos fervilhando com paixão. — O reino está mudando, e a ameaça que se aproxima não é apenas de dentro. Precisamos ser mais fortes juntos, ou todos nós pereceremos.

 

Corlys e Rhaenys trocavam olhares significativos, mas, ao invés de rebatê-lo, os dois escutaram. Daemon percebeu que as palavras de um irmão perdido ainda não eram suficientes para recuperar a confiança deles. A história que compartilhavam estava manchada de desconfiança e traição.

 

— As crianças precisam saber que estão seguras aqui — Corlys disse, seu tom mais brando. — Se você deseja conquistar nossos corações novamente, você deve fazer mais do que promessas. Você precisa agir.

 

Daemon assentiu, compreendendo a gravidade da situação. Ele sabia que a verdadeira batalha não estava apenas no campo de batalha, mas em suas relações pessoais. Precisava demonstrar que estava comprometido a restaurar os laços familiares, e que sua lealdade estava agora com Laena e as filhas, e com todos os Velaryon.

 

Com isso em mente, Daemon convocou uma reunião com todos os membros presentes, incluindo Laena e as meninas. Ele preparou um banquete na sala de jantar, buscando criar um ambiente onde todos pudessem se sentir à vontade. Assim que as mesas foram postas, ele fez questão de sentar-se ao lado de sua esposa e de suas filhas, um gesto que simbolizava sua nova família

 

— Vamos celebrar a união — Daemon declarou, enquanto as taças de vinho eram distribuídas. — Acredito que o que temos aqui é algo que vale a pena proteger. Nós somos mais fortes juntos.

 

As conversas ao redor da mesa começaram a fluir, mas Daemon percebeu a desconfiança que ainda pairava no ar. Ele começou a compartilhar histórias de suas aventuras com Laena, rindo e fazendo com que todos se juntassem à conversa. Aos poucos, algumas risadas surgiram, mas a tensão nunca desapareceu completamente.

 

Após um tempo, Laena se levantou e propôs um brinde.

 

— Por nossa família! — ela disse, com um sorriso que iluminava seu rosto. — Que possamos nos lembrar do que realmente importa.

 

Todos levantaram suas taças, e por um breve momento, a divisão parecia se dissipar. Mas Daemon sabia que isso era apenas o começo. Ele precisava trabalhar arduamente para reconquistar a confiança de Corlys e Rhaenys.

 

Após o banquete, os Velaryon se retiraram para descansar. Daemon e Laena ficaram sozinhos na sala de jantar, a atmosfera mais leve agora.

 

— Você foi incrível hoje — Laena disse, seu olhar repleto de amor e admiração.

 

Daemon sorriu, mas a incerteza ainda pesava em seu coração. Ele sabia que, apesar do progresso, a verdadeira confiança levaria tempo para ser restaurada.

 

— Eles ainda estão desconfiados, Laena — ele admitiu, passando os dedos pelo cabelo dela. — Eu preciso fazer mais para provar que estou mudado.

 

— Isso vem com o tempo — Laena respondeu, apoiando a cabeça em seu ombro. — Continue se esforçando, e eles verão o homem que você se tornou. Eu acredito em você.

 

Ele a segurou mais perto, sua presença trazendo-lhe conforto. Ele sabia que o caminho à frente seria difícil, mas não estava mais disposto a falhar. Não apenas por si mesmo, mas por Laena, pelas filhas e pela família Velaryon.

 

E assim, enquanto a noite avançava, Daemon sentiu que, independentemente dos desafios à frente, havia um novo propósito em seu coração. Ele não lutaria apenas por um trono ou por poder; lutaria pela família que tanto amava.

Notes:

Espero que tenham gostado tentarei atualizar o mais rápido possível

Notes:

Olá espero que tenha gostado essa é a minha primeira história desse casal tomara que gostem deixem Kudos e comentem o que está achando tentarei atualizar duas vezes por semana bjos