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Language:
Português brasileiro
Stats:
Published:
2021-11-19
Updated:
2025-09-30
Words:
781,770
Chapters:
204/?
Comments:
206
Kudos:
1,047
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169
Hits:
65,176

The Rise of The True Lord

Summary:

Um jovem destinado ao topo do mundo. Mas mantido aprisionado no local mais profundo por aqueles que o temem ou que desejam usá-lo. Finalmente quebrou as correntes que o prendiam e se libertou para o mundo, para mostra-los o que o verdadeiro senhor é capaz.

O mau trará consigo a morte
Vinda de um falso Deus
A criança nascida dos lobos
Dotada de um poder inimaginável

Na 17º lua da cria dos lobos
O Deus Verdadeiro irá triunfar,
sobre aquele que tinha a boca cheia de mentiras
Escondido por trás de um sorriso carinhoso o Diabo se esconde
O verdadeiro mau está escondido dentro da falsa luz
O filhote da serpente
Crescendo maltratado,
será mil vezes mais cruel quando mais velho ficar

Notes:

Fic em pt/br.
OS DIREITOS AUTORAIS DE HARRY POTTER SÃO DA JK E NÃO MEUS!
Ainda vamos adicionar mais tags conforme a fic for avançando
Essa história tem cenas de relações íntimas entre homens, entre mulheres, etc.. Vocês estão avisados.
Eu tive uma grande ajuda do meu mestre, e pai, Lúcifer. @Lucifer616
Esta história também está sendo publicada por mim nos sites do Nyah! Fanfiction, Spirit e Wattpad. Meu nome de usuário é o mesmo em todos os sites (AllyLittleWolf, só no Spirit que é AllyLittleWolf13).
Se encontrarem essa fic com outro autor, que não seja o TioLu, saibam que é plágio.

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Chapter 1: Prólogo

Summary:

Um jovem destinado ao topo do mundo. Mas mantido aprisionado no local mais profundo por aqueles que o temem ou que desejam usá-lo. Finalmente quebrou as correntes que o prendiam e se libertou para o mundo, para mostra-los o que o verdadeiro senhor é capaz.

O mau trará consigo a morte
Vinda de um falso Deus
A criança nascida dos lobos
Dotada de um poder inimaginável

Na 17º lua da cria dos lobos
O Deus Verdadeiro irá triunfar,
sobre aquele que tinha a boca cheia de mentiras
Escondido por trás de um sorriso carinhoso o Diabo se esconde
O verdadeiro mau está escondido dentro da falsa luz
O filhote da serpente
Crescendo maltratado,
será mil vezes mais cruel quando mais velho ficar

Notes:

Fic em pt/br.
OS DIREITOS AUTORAIS DE HARRY POTTER SÃO DA JK E NÃO MEUS!
Ainda vamos adicionar mais tags conforme a fic for avançando
Essa história tem cenas de relações íntimas entre homens, entre mulheres, etc.. Vocês estão avisados.
Eu tive uma grande ajuda do meu mestre, e pai, Lúcifer. @Lucifer616
Esta estória também está sendo publicada por mim nos sites do Nyah! Fanfiction e Wattpad. Meu nome de usuário é o mesmo em todos os sites (AllyLittleWolf). Se encontrarem essa estória com outro autor, que não seja o TioLu, saibam que é plágio.

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Chapter Text

          A tarde não estava radiante como os outros dias. Parecia que o universo estava absorvendo os sentimentos de um garotinho de sete anos. O céu estava cinza, ofuscando o calor alegre dos raios solares, as nuvens carregadas faziam com que a chuva caísse na mesma intensidade que as lágrimas escorriam pelo rosto do menino. Os trovões gritavam na mesma intensidade que o garotinho, os raios brilhavam no céu como os olhos de um intenso verde esmeralda olhavam apavorados o homem à sua frente. Vernon Dursley agarrava furiosamente os cabelos pretos de Harry James Potter, seu bigode louro desaparecia no meio da sua face absurdamente vermelha. de raiva. Petunia e Dudley estavam sentados no sofá enquanto assistiam à cena com a raiva fervilhando em seus olhos. Enquanto Harry chorava e tentava escapar, o homem batia violentamente no corpo frágil de seu sobrinho com o cinto da calça de Dudley. Tudo isso porque Dudley fez Harry tropeçar enquanto trazia uma bandeja com o lanche da família e derramado o chá nos papéis de trabalho do homem.

          A garganta de Harry já doía de tanto gritar pedindo por perdão, sua pele sangrava com os cortes que a fivela do cinto lhe proporcionava, principalmente em suas pernas que estavam expostas por causa das calças arriadas caídas no chão. Sua visão estava turva devido as lágrimas que jorravam de seus olhos assustados. Ele não aguentava mais isso. Não aguentava mais viver com os seus tios. Desde que se entende por gente, o garoto era desprezado como um verme. Trabalhando como um escravo todos os dias, limpando a casa, limpando os jardins, cuidando das plantas, podando os arbustos, cortando a grama, cozinhando, servindo os seus tios e primo. E eles se divertiam com o seu sofrimento e com a sua dor. Se divertiam quando ele errava e Vernon o castigava severamente. Harry desejava a todo custo que alguém viesse para o resgatar, mas ninguém veio. Em todos os sete anos morando naquela casa, ninguém veio o resgatar desse pesadelo. Seu tio era claro quando dizia que ele nunca deveria falar com alguém sobre isso. Nunca deixar que vissem os hematomas e cortes. Harry sabia que deveria ficar calado e obedecer a tudo o que exigiam, caso contrário ele iria apanhar.

— Me dê o atiçador, Dudley! — Vernon rosnou raivoso enquanto jogava o cinto no chão e apertava ainda mais os cabelos negros na sua mão. Os olhos de Harry se arregalaram com medo. Seu tio estava mexendo no atiçador de fogo quando tudo aconteceu e o deixou onde estava. Um garoto de oito anos igual ao pai sorriu travesso e obedeceu a ordem, dando-lhe o objeto. Harry viu a ponta avermelhada se aproximar lentamente.

— N-n-na-não! Por favor! Não! Me perdoe! Por favor, tio! — O garotinho estava desesperado, as lágrimas escorriam com mais intensidade pelo seu rosto. Outro trovão rasgou os céus depois de um clarão do raio.

— Isso é para você aprender a parar de ser um estorvo! — Seus olhos brilhavam com o ódio fervilhando neles. Harry tentava se afastar, chutar, socar, qualquer coisa, mas o homem era muito mais forte que ele. Então seus esforços foram em vão. — Sua aberração imbecil! Já deveria ter aprendido a parar de fazer merda! Agora você vai me pagar por arruinar meus relatórios! — Vernon abaixou o braço que segurava o atiçador incandescente e desferiu um duro golpe contra a perna esquerda do garoto. Todos puderam ouvir o som de ossos quebrando quando o ferro colidiu contra a perna mutilada de Harry Potter.

          Ele ficou momentaneamente desnorteado devido a intensa dor que irradiou de sua canela. Sua visão, antes embaçada, ficou escura por alguns instantes enquanto a única coisa que ele conseguiu ouvir fora o sague correndo pelo seu corpo, ele nem conseguira escutar o grito que escapou de sua garganta. Mais lágrimas escorreram de seus olhos enquanto a dor e a queimação se intensificavam conforme o tempo passava. Harry nem percebeu quando Vernon se abaixava e batia sua cabeça contra o chão inúmeras vezes. O garotinho estava tão desnorteado. Todos os seus sentidos adormecerem momentaneamente enquanto seu cérebro tentava "voltar ao normal". Ele nem sentiu o sangue escorrendo da sua testa, que fora aonde Vernon batera contra o chão, ele não sentiu quando o corpo imenso do seu tio o prendia firmemente no chão, ele não viu quando a ponta avermelhada do atiçador se aproximava perigosamente do seu olho direito. Seu estado de desnorteamento acabou quando o objeto fervente perfurou o seu globo ocular. Outro grito rasgou a garganta já dolorida de Harry, enquanto sua "família" ria da sua dor. Harry berrou com todas as suas forças. Ninguém nunca o escutou pedindo por ajuda. Parecia que havia uma barreira ao redor da casa onde ninguém podia ver ou escutar o que acontecia ali dentro. Harry sentia a sua pele ardendo, sentia sua carne fervendo como ácido, sentia seu globo ocular derretendo e sangrando, sentia a sua tíbia fraturada roçando perigosamente contra a sua carne, querendo rasgar seus músculos e pele. A dor era tão intensa que ele quase desmaiou.

          Uma força dentro do garotinho mutilado tomou o seu corpo e saiu pelos poros de sua pele maltratada. O olho bom, banhando pelas lágrimas que se misturavam com o sangue que escorria de sua testa, viu uma áurea translúcida o rodear e explodir ao seu redor. Vernon foi arremessado contra a parede, Petunia e Dudley caíram no chão quando o sofá virou ao contrário. Tudo que estava perto do garoto foi jogado para longe. Tudo que tinha vidro foi estilhaçado, os móveis revirados por causa da força que colidiu contra eles, as luzes explodiram, deixando a sala escura e sombria. Harry olhou a sua volta apavorado, seu corpo todo doía, sua cabeça estava zonza, seus ouvidos zumbiam sua cabeça e perna latejavam e seu olho direito sangrava. A sala estava destruída, tudo ao seu redor estava arruinado. Seus tios e primo o olhavam horrorizados e com medo. Foi quando Harry viu a raiva tomando os olhos de Vernon que ele deixou o seu estado de paralisia devido a surpresa. Rapidamente, o garoto arrumou as calças e saiu correndo, atravessando a porta da frente que estava tombada para um lado devido a força da onda mágica. A adrenalina em seu sangue o ajudava a não sentir muita dor na perna quebrada, o que o permitiu correr sem muito esforço para o mais longe possível.

          Ele não sabia o que tinha acontecido, não sabia para onde ir ou o que fazer. A única coisa que ele sabia era que não iria voltar, se voltasse seria pior. Harry não se importava com o seu corpo dolorido como se tivesse sido esmagado, ou como o seu olho parecia arder em chamas e em como sua perna mancava desconfortavelmente enquanto corria, ele não ligava para a mancha de sangue nas suas roupas, não ligava para os pingos gélidos da chuva o encharcando, ele não ligava para o frio que subia pela sua espinha. Nada mais importava. Ele só queria fugir para o mais longe que conseguisse. Harry se misturava na mata que ficava ao redor da avenida para não ser visto pelos carros que transitavam. Ninguém o ajudaria, nunca ajudaram. Seus professores viram seus machucados e não fizeram nada, seus vizinhos não se importavam com o seu bem-estar, mesmo que fossem um bando de fofoqueiros, eles não ligavam para a sua saúde, apenas para o seu "estado deplorável de mendigo". Ninguém nunca iria ajudá-lo, muito menos amá-lo. Foram incontáveis vezes que Harry sonhou em ter seus pais, que eles surgissem na porta para o salvar, mesmo que ele soubesse que eles nunca viriam. Eles estavam mortos. Seus tios cuspiam insultos sobre eles quase todos os dias, cuspiam na cara do garoto que eles estavam mortos e nunca iriam voltar. Diziam com prazer que ninguém amaria o garoto, que ele era uma aberração desprezível, que deveria ter morrido junto com os seus pais para que não os importunasse nunca mais.

          Harry só parou de correr quando o seu pé escorregou na grama molhada pela chuva. Ele estava em uma rotatória na London Road com a Church Lane. Ele estava cansando e a adrenalina em seu corpo começava a se esgotar, o que fazia a sua perna latejar e doer terrivelmente. Sentando-se, ainda zonzo, o garoto viu suas calças rasgadas nos joelhos, eles ardiam e doíam. Harry sorriu sem ânimo, agora suas calças estavam ainda mais sujas por causa da terra e da grama. Ele olhou para as placas da igreja All Saints Church Ascot Heath. Ele já ouviu os seus tios falando sobre o local e de como eles eram boas pessoas. Talvez eles pudessem ajudá-lo. Suspirando pesadamente, o garotinho se levantou, tremendo de frio e de dor, e se pôs a caminhar na direção da igreja. Correu para atravessar a avenida quando tinha o trânsito livre e passou pelo cemitério até a porta de entrada. Ele tentava não tropeçar nos próprios pés, pois, se ele caísse, ele não teria forças para levantar-se.

          O garotinho deu fracas batidas na porta de madeira, mas o local estava com pouco movimento devido ao horário tardio, que ecoou pelo local de forma assustadora. As pesadas portas se abriram com um rangido que fez a criança estremecer de medo enquanto uma freira de olhar severo o olhava com desdém. Ela o olhou de cima abaixo e torceu o nariz em nojo. Harry tentou ao máximo não chorar, ela não iria o ajudar. Ele sabia disso.

— A-a se-senhora po-deria me a-ajudar...? — Sua voz saiu num sussurro embargado e sôfrego. Sua garganta doía terrivelmente devido aos gritos de dor que dera mais cedo.

— Eu sei quem você é. — A mulher falou com nojo. — É o sobrinho mentiroso e encrenqueiro que a coitada da Petunia Dursley e sua família têm que cuidar! — E então ela começou a gritar raivosamente. — Eu não vou cair nos seus truques, seu demônio sórdido! Vá embora antes que eu mesma o arraste até a avenida e te jogue na frente de um caminhão! A Casa de Deus não é um lugar para ser manchado com a sua existência nefasta! Volte para o inferno de onde você saiu e nunca mais volte! Se eu te vir por aqui outra vez eu vou me certificar de tirar o mal de você!

— De-desculpe! — Harry se forçou a correr para o mais longe dali.

          As lágrimas e o sangue dificultando ainda mais a sua visão ruim, e ter um olho cego piorava as coisas. O crepúsculo já caía e a chuva não parava. Harry ficou momentaneamente preso nos faróis de um carro, como um cervo paralisado antes de ser atropelado. Ele ouviu a buzina e os pneus cantando enquanto o carro tentava desviar dele. Uma onda de adrenalina voltou a percorrer o seu corpo quando se pôs a correr para longe da avenida. Ele não olhou para trás para se certificar de que as pessoas nos carros que quase colidiram estavam bem, ele não tinha tempo para isso. Ele precisava fugir, ele não poderia deixar que ninguém se contamine com a sua presença asquerosa. Ele não podia deixar que ninguém o levasse de volta para os seus tios. Ele não podia pedir ajuda de ninguém.

          O garotinho nem se deu ao trabalho de entrar no estacionamento do hospital Heatherwood. Aberrações nojentas como ele não merecem ajuda. Ele não tinha documentos, não tinha dinheiro, não tinha nada. E se ele fosse para o hospital eles o iriam mandar de volta para os tios. Não. Ele não podia arriscar. Ele não podia voltar para aquela casa. Ele ficaria bem. Seus ferimentos sempre se curavam rapidamente, ele iria sobreviver a isso. Ele precisava sobreviver. Harry teve que contornar a estação de polícia na avenida por trás para que eles não o vissem. Sua perna e seu olho o estavam incomodando terrivelmente, mas ele não podia parar.

          Passou pela biblioteca que ele sempre ia quando seus tios o deixavam com a vizinha velha e esquisita e cheia de gatos, senhora Figg como ele a chamava. Ela sempre o levava para a biblioteca. Harry teve que aprender a ler e escrever sozinho, pois na escolinha Dudley e seus amigos o perseguiam e ele acabava por sempre ficar trancado num armário ou banheiro. A senhora Figg o ajudava com algumas dúvidas, as senhoras que trabalhavam na biblioteca também o ajudavam as vezes. Elas pareciam não se importar sobre a sua má fama que sua família espalhou por todo o condado de Surrey. Ele as adorava, eram as únicas pessoas que eram legais com ele. Mas ele não podia pedir ajuda para elas agora. Elas não mereciam conviver com uma aberração como ele. Não mereciam serem profanadas pelo mal que vive em si. Então ele passou reto e se esforçou para não ser visto.

          Ele passou por vários cafés e bares, mas não parou para vasculhar o lixo deles, a avenida estava movimentada e o interior dos estabelecimentos estavam cheios. Ele não podia ser visto, e não iria arriscar atravessar aquela avenida. Um quase atropelamento já fora o bastante para um dia. Harry continuou mancando pelo acostamento até que chegou à vila de Sunninghill. A noite já caíra e as ruas começavam a esvaziar. Harry se misturou as sombras e conseguiu vasculhar algumas latas de lixo dos restaurantes e bares que começavam a fechar. O que era para ter levado uma hora de caminhada, acabou se estendendo devido ao seu ritmo lento por causa da perna fraturada.

          Depois de conseguir alguns restos de comida, o garotinho se arrastou até um beco, por sorte ele encontrou uma casa de cachorro grande jogada ali. Pelo menos o protegeria da chuva e do frio naquela noite. Harry, que era muito magricela e pequeno para a idade, conseguiu se acomodar dentro do abrigo provisório numa posição fetal e muito encolhida. Seu corpinho tremia de frio, ele estava todo encharcado da chuva, pelo menos o sangue das suas roupas e cabelos fora lavado. Sua perna e seu olho latejavam e doíam ainda mais agora que ele estava parado e descansando. As lágrimas voltaram a rolar pelo seu rosto enquanto ele sofria por estar vivo. Como ele queria ter morrido junto com os seus pais naquele acidente de carro. Como ele queria deixar de sofrer. Viver era tão doloroso, por que ele deveria continuar mesmo? Por que ele tinha que viver sendo que todos ao seu redor só o machucaram? Por que ele tinha que sofrer? Ele não podia apenas morrer logo? Ele queria estar junto aos seus pais. Não ligava para o fato de que eles eram bêbados desagradáveis, de acordo com sua tia Petunia. Ele só queria poder descansar para sempre e nunca mais sofrer.

          Banhado da água da chuva, sangue e lágrimas, tremendo de frio e de dor, Harry James Potter finalmente cedeu a tão esperada inconsciência. Esses momentos de paz e tranquilidade, sem dor ou sofrimento, eram tudo o que ele queria. E desejava que pudesse durar para sempre. Ele rezava para que não tivesse que acordar no outro dia.