Chapter Text
── De qualquer tipo.
Toji sorri pra você, seus lábios rosados e brilhantes, como você ainda não havia reparado, mas agora que reparou, não consegue mais tirar os olhos deles.
── Você beija? Sabe, para alguns isso é mais íntimo que sexo… ── Você pergunta, acabando de falar mais do que deveria. Toji se aproxima de você com uma sobrancelha arqueada.
── Eu, particularmente, acho isso uma besteira. ── Ele põe a mão sobre sua bochecha e acaricia sua pele macia. ── Mas eu não beijo a maioria, é sempre um desespero, mal consigo conversar.
Você engole seco, se sentindo tão pequena na frente dele, ele era tão alto e grande que você se sentia asfixiada como se ele pudesse roubar todo seu ar se apenas respirasse perto de você.
── Eu gostaria de beijar você.
── Ah é? ── Você pergunta, quase soa como se estivesse surpresa, você quase chora e está uma bagunça na sua mente. Mas você tenta consertar. ── Então vá em frente
Ele lambe os lábios, você repete o movimento, se sentindo uma virgem em beijar, como se ele fosse tão experiente que roubasse as suas experiências. Mas não é como se você fosse uma mulher terrivelmente experiente e vívida, você se casou cedo.
Seus lábios se encostam em um selinho, nada mais, e ele se afastou deixando apenas a saudade dos lábios dele nos seus.
── Pra que pressa, princesa? A gente mal conversou. ── Toji provoca, os dedos dele arrumando seu cabelo atrás da orelha. Seu rosto queimou com o apelido. ── Você prefere como?
── Hum? A massagem?
── Ah, sim, claro. A “massagem”. ── Ele diz num tom sugestivo, você não era boba ao ponto de não entender.
── Eu… acho que gostaria que você levasse as coisas devagar, bem lento. Eu peço para mudar o ritmo se estiver entediada. ── Você diz e recebe uma gargalhada em troca.
── Você nunca vai ficar entediada comigo. ── A mão dele passa por sua nuca e ele te puxa, unindo seus lábios em um beijo de língua. Um beijo lento, no ritmo que você pediu, devagar, podendo sentir cada movimento de suas línguas combinadas e seus lábios macios.
Vocês se separam, um fio de saliva unindo seus lábios, porém sendo quebrado quando Toji deixa outro selinho enquanto você estava atordoada pelo momento.
── Eu… ── Você pisca várias vezes, arrumando seu cabelo novamente. ── Eu vou tomar um banho. ── E você sabia que era bem cedo para isso, mas… ── Vem comigo?
Regras femininas: você não toma banho com um homem se ele não for seu namorado e olhe lá, você nem se lembra quando você e Satoru tomaram banho juntos. Você arrisca que nunca aconteceu. Mas aqui está você, convidando esse homem tecnicamente estranho para tomar um banho com você.
── Claro. ── E ele está aceitando.
Você assentiu, indo direto para o banheiro e sentindo os passos atrás de você. Você liga a torneira, Toji tira a camiseta escura e você observa os cabelos bagunçados dele pelo espelho, sua visão descendo até o peitoral e assim por diante.
Ele tira a calça larga sem hesitar e seu rosto está pegando fogo, você joga a bomba de banho que deixa a água da banheira roxa e brilhante, ornando com a decoração escura do banheiro.
Você então tira sua própria roupa e mesmo de costas você ainda podia sentir o olhar dele em você. Como alguém como ele poderia chamar tanta atenção mesmo em silêncio? Mesmo que você nem sequer estivesse olhando pra ele…
Você então entra na banheira com espuma, afundando seu corpo cansado na água fria da banheira. Não demoraria para você sentir frio, e é por isso que você precisa dele.
Seus olhos encontraram os dele, quando notou-se que ele já está completamente nú. Suas bochechas estavam rosadas, o contraste com a espuma lilás da banheira.
── Você tem olhos muito bonitos. ── Ele elogia e seu tom é o típico debochante.
── Me faz um favor. ── Você pede sorrindo. ── Pega um vinho pra gente, por favor, deve ter um no aparador da entrada do quarto.
Ele assentiu e foi com toda sua confiança para fora do banheiro, devolvendo o ar para seus pulmões. A banheira tinha bastante espuma, seu corpo estava relaxado mas precisava de álcool. Você precisava de álcool.
Toji retorna com duas taças e um vinho em suas mãos, quando ele abre o vinho e despeja nas taças você pode ler o nome.
Château Routas Rosé.
Era um ótimo vinho. Você se lembra de tomar ele sozinha uma vez, na paz de sua própria companhia.
── Espero ter feito uma boa escolha. ── Toji diz, entregando sua taça.
── Fez sim. Ele tem um cheiro refrescante e é uma delícia. ── Você comenta. ── Passa perto de ser o meu favorito.
── Admiradora de vinhos?
── Nah. Passo longe disso. ── Você passa a mão em seus cabelos. ── apenas sei um pouquinho sobre.
Nesse ponto, você se esqueceu de que tinha um homem nú no mesmo banheiro que você. Até que o silêncio bateu, e você se tocou que deixou ele fora da banheira por tempo demais.
── Você já pode entrar. ── Se encolhendo na banheira, abrindo espaço para ele entrar, rindo sem graça. ── Desculpe por te deixar tanto tempo aí fora.
── Posso me sentar atrás de você?
── Por quê?
── Mais confortável pra te fazer massagem, não acha? ── Ele pontua, se levantando e você abre espaço pra ele fazer o que queria, concordando com a ideia da massagem.
Você logo sente as coxas torneadas dele envolvendo seu corpo, seu cérebro notando o quão grande ele é perto de você. Seu corpo esquenta apesar da água fresca da banheira, você aperta a taça de vinho que está em suas mãos.
Toji, ao contrário de você, continua passando a mais completa imagem de segurança. E ele pretende se manter assim, pelo tom de sua voz.
── Esse vinho é realmente muito bom. ── O moreno pontua, acomodando-se em suas costas, sentado atrás de você, tranquilo, sua respiração nem oscilava. ── Gosto de vinhos, mas acredito que nunca tenha tomado um tão caro.
── Esse não é um tão caro. ── Você olha para trás, a fim de olhar nos olhos dele para falar, esquecendo o quão sem fôlego você fica quando seus olhos encontram os dele. Mas rapidamente ele te faz lembrar de novo, quando foi que você ficou tão boba?
Você tenta continuar sem gaguejar.
── O que você achou do gosto? ── Você pergunta, ainda mantendo os olhos nele enquanto segura sua taça perto do rosto.
── Mal experimentei… ── É quase palpável a malícia em seu tom, seu corpo estremece.
── É suave, viciante… ── Seus olhos fixados um no outro, você sente a mão livre dele subir pelo seu braço esquerdo, até alcançar seu ombro.
── Soube que seria marcante desde o dia em que coloquei os olhos em você. ── O de cabelos escuros declara. ── Confesso que posso ter ficado chateado naquela noite, mas olha só para nós dois agora. Conversando sobre vinhos.
── Que tal conversarmos sobre massagens?
Então Toji dá aquele sorriso. Movendo para colocar a taça no chão, ao lado da banheira. Você também ajeitou sua postura quando sentiu suas mãos ásperas em seus ombros, por segundos, com os olhos fechados, você desejou que essa tivesse sido sua primeira lua de mel e que o homem te tocando agora fosse seu primeiro marido.
Até um homem qualquer conseguiu te tocar do modo que você queria, mas seu marido não. O homem com quem você esteve nos últimos anos gostava de tocar em outras, mas ele mal suportou te dar o mínimo de amor.
── Eu posso estar enferrujado em massagens, então, peço desculpas desde já. ── Ele interrompeu seus pensamentos, e você agradeceu por ele não poder ver a lágrima que escorreu pelo seu rosto. Você deu um gole no vinho.
── Tudo bem. ── Suspira. Quando ele começa a massagem em seus ombros, você agradece aos céus por isso. Era como se ele estivesse tirando um peso de seus ombros com as próprias mãos.
Ele era tão forte.
Você apoia seus braços nas bordas da banheira, aproveitando os dedos dele em seus músculos. Você poderia morrer nesse momento e morreria feliz, com as mãos dele fazendo maravilhas em você.
Você até começou a fantasiar nesse momento, imaginando o que mais ele poderia fazer com essas mãos.
── Gostando?
── Você realmente tem dúvidas? ── Você diz, sua cabeça se sentindo à vontade em se recostar no ombro dele. Você toma mais um pouco do seu vinho, as mãos dele vão para a sua cintura nua, e esse fato recai sobre você.
Só que agora você não se importa com isso. Tão confortável assim na presença dele.
── Posso te tocar?
── Por favor. ── Você implora silenciosamente, mesmo sabendo que não precisa disso. Toji vai fazer o que você quiser durante um mês ou mais, quanto tempo você estiver disposta a pagar. Ele ri, o ar de sua respiração arrepiando você.
Ele beija a lateral do seu pescoço, você fecha os olhos. Uma das mãos dele subindo para acariciar seu peito nú e macio, tanta inocência escapando do toque, mesmo por suas ásperas mãos. Você jamais esqueceria daquele toque, um homem tão grande, forte e mesmo assim te tratando com tanta delicadeza. Ele poderia cuidar do seu coração partido só com esse doce toque?
Você acha que sim. Deixando o toque e a luxúria tomarem conta do seu ser enquanto ele belisca seu mamilo direito e beija seu pescoço. Você suspira, seus olhos ainda fechados e sua mente vagando nos resquícios de pensamentos infelizes.
A mão esquerda dele que estava em sua cintura desceu pelo seu corpo quente. O toque fantasma se misturando com a água fresca, deixando você tão ansiosa pelos seus próximos passos. Os dedos dele vagueiam experimentalmente em sua intimidade, você morde o lábio inferior abrindo os olhos quando a mão dele pousou distraidamente em sua coxa com um aperto.
── Você fica tão bonita assim. ── Você sente suas bochechas quentes com o elogio tão casto num momento como esse. ── Ansiando tanto assim pelo meu toque, querida?
O modo como ele te chama de querida, como se fosse algo natural e rotineiro… Como seria possível não se sentir em casa ao lado desse homem? Você assentiu, olhando para ele por cima do ombro. Seus olhos verdes vibrantes quando encontram os seus, céus, você era maluca, mas cada segundo dessa viagem já valeu a pena.
Ele acaricia sua coxa, seguindo em direção a sua intimidade. Seus olhos fixos nos dele, enquanto ele admirava seu corpo. Seu coração doía um pouco, pelos motivos tolos de sempre. Mas, de novo, o toque dele te distraiu.
Você soltou um gemido surpreso com a carícia dos dedos dele em seu clitoris, sua mão livre rapidamente correndo para agarrar o cabelo dele por sua nuca. Ele sorri, continuando a mover os dedos em você. Você treme, sua taça de vinho quase escapando de seus dedos.
Seus quadris se movem, você quase implora por mais até sentir um dedo dele penetrando sua buceta, você esquece a taça de vinho, sua mão pendendo para fora da banheira larga a taça, que caí no tapete felpudo e incrivelmente não se quebra. Mas você pouco se importaria se acontecesse.
Os dedos dele trabalham habilmente em você, sua cabeça se encostando no ombro dele novamente. Seus dedos desprovidos de alianças ou anéis apertando as bordas da banheira. Você estaria aqui para se vingar?
Não é vingança se seu coração nunca sentiu nada. Se até um toque simples da luxúria poderia facilmente arrancar Gojo da sua mente.
── Toji… ── Você geme, uma das suas mãos agarrando a nuca dele quando você atinge seu ápice, apertando os dedos dele.
Vocês ficam em silêncio enquanto você se acalma do orgasmo intenso que teve. Toji pega a taça de vinho dele novamente e a bebe como se estivesse com sede depois de te dar aquela massagem.
── Obrigada. ── Você sussurra, ainda encostada no ombro dele.