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Belle Femme

Summary:

Após descobrir a traição de seu marido, você dedide tirar férias na França com um acompanhante. ❜

Chapter 1: un traître est un traître

Chapter Text

Seus saltos altos ecoam pelo corredor do prédio depois que o elevador estacionou no último andar, as alças acorrentadas da sua bolsa tilintavam em conjunto com seus saltos no chão, criando a melodia que você estava acostumada a ouvir todos os dias de trabalho puxado, quando você normalmente voltaria mais tarde. Hoje não foi um desses dias, mas você não deixa de estar muito cansada e exausta desse trabalho.

Como seus pés doem tanto se você nem anda tanto o dia todo? Seu trabalho é organizar documentos e estar presente nas reuniões da empresa, nada além. Por que você se sente tão dolorida?

Sua cabeça já não anda mais tão boa, você nem se esforça para parecer simpática. Deve ser cansaço mental, você deveria procurar um médico no seu tempo livre.

Tempo livre? Isso é uma piada para você.

Claro, você provavelmente está sendo dramática. Você balança a cabeça com seus próprios pensamentos, digitando a senha da fechadura digital e inserindo sua biometria, a trava abre com um barulhinho. Você se lembra perfeitamente da empolgação de Satoru quando ele a comprou e como ele disse que queria que a porta dissesse "entre, querida" pra você toda vez que você abrisse a porta. Você sorriu com a lembrança.

Você entrou, travando a porta e rapidamente tirando seus saltos. Sentindo a sensação de finalmente pisar no chão com o pé inteiro e eles relaxarem, o porcelanato do chão frio te dando uma sensação boa.

── Satoru? Tá em casa? ── Você pergunta, olhando ao redor da casa. Você sempre chegava e o jantar estava pronto, mesmo que Gojo apenas tivesse pedido algum delivery, sempre estava lá.

Você entrou na cozinha, estava tudo vazio e limpo, então ele não cozinhou. Você pegou um copo de uísque e colocou gelo, depois a bebida e continuou olhando pela casa. Havia uma bolsa em cima do sofá da sala que você não notou quando foi para a cozinha, seus olhos se estreitaram, você nunca deixava suas coisas espalhadas pela casa. Você pegou a bolsa em mãos, 'Prada' era a marca da bolsa, era preta e estava pesada, com muitas coisas dentro aparentemente, mas você não abriu. Não quando viu o fecho da bolsa enferrujado.

Era uma Prada falsa. Você nunca teve bolsas falsas, você jamais teria uma bolsa falsa. Seu dedo bateu no copo de vidro, o som da sua unha longa batendo nele, fazendo isso ecoar pela casa toda.

Seus pés descalços aproveitaram-se do chão frio novamente, você vai para o seu quarto, ou o quê era pra ser seu quarto. Abre a porta devagar. Apenas para seu marido abraçado com outra mulher, ambos nus. Não apenas um abraço, mas um emaranhado de corpos, era como ele já te segurou um dia, adormecidos como dois amantes que tiveram uma noite cheia.

Isso não te impressiona, apenas te deixa nervosa, sua mão treme segurando o copo. Você fecha a porta e tenta digerir o que acabou de ver, você respira fundo e vai até o seu closet, fica em frente a porta do seu quarto, um cômodo com suas roupas e penteadeira. O cômodo que um dia você achou que seria de uma criança com os olhos do Satoru. Olhos azuis, olhos traidores.

Você pega três malas de viagem e enfia todas suas roupas mais luxuosas, outra você coloca seus itens essenciais, maquiagem e jóias, e na última, seus sapatos. Você pega uma bolsa maior que a sua de trabalho, e leva as malas, uma por uma, até a porta que você se arrependeu de ter entrado nessa noite. Quando era a vez da última mala, você pegou a bolsa da amante de Satoru, dentro dela havia um batom barato.

Você escreveu "traitre" no espelho do banheiro, e quebrou o resto do batom dentro da bolsa. Era o máximo que você poderia fazer com a mulher, que por mais culpada, ainda era menos que Gojo, e menos que você, que tomou a decisão horrível de se casar com ele.

Você tirou a aliança e colocou dentro do seu copo com gelo e o abandonou ali.

Calçou seus saltos na entrada da casa e arrastou consigo suas três malas pra fora do apartamento na cobertura, que trancou rapidamente. Você discou o número de muita gente no celular, mas ninguém que poderia exatamente te ajudar agora. Seu pai te daria uma bronca, e acabou.

Você acha que seus outros amigos são amigos demais do seu marido para ficar ao seu lado. Então, seu vizinho da frente saí de casa e vê você com muitas malas naquele corredor.

── Kento, boa noite. ── Você diz, olhando nos olhos dele.

── Boa noite, [nome]. ── Ele diz, amigavelmente. Sua camisa azul dobrada nos antebraços e mal abotoada, ele provavelmente ouviu você fazendo barulho com as malas e veio ver o que estava acontecendo.

── É, tem como você me ajudar? ── Você pediu. ── Tenho que levar isso até o aeroporto comigo. ── Você diz desajeitadamente, como se Nanami pudesse te dar uma bronca por isso, ele era só seu vizinho.

── E o seu marido? ── Você respirou fundo.

── No aeroporto. ── Você mentiu, não precisando de esforço para fazer uma carranca.

── Que idiota. ── Kento olha o relógio, depois seus olhos fixam em você. ── Com todo respeito. ── Você ri, ele nem imagina, ou imagina, você não tem certeza. ── Vamos descer com isso.

── Obrigada. ── Você diz, observando ele encolher as alças e carregar duas malas como se fossem duas penas, seus braços nem se forçando.

E ele estava levando sua mala de sapatos e a mala de roupas, você estava realmente impressionada.

Quando chegaram ao último andar, ele perguntou se você queria que ele te levasse ao aeroporto.

── Não, tá tudo bem. Eu vou de táxi. ── Você diz, a dor se instaurando no seu peito. Você odiava andar de táxi. ── Obrigada mesmo.

── Não há de quê, boa viagem pra você. ── Ele disse, ênfase em você.

Então, você pegou um táxi até o aeroporto e estava tudo bem. O táxi te distraía com assuntos malucos e coisas do dia a dia, você pensou em ligar para o seu pai. Seu celular estava com a bateria fraca e você desistiu.

Chegando lá, o taxista te ajuda com as malas e lá está você sozinha de novo. O aeroporto está lotado, ou quase, você se senta perto do telefone e vai até a recepção.

── Uma passagem pra França. ── Você pede. A moça te olha e pisca.

── Você vai sozinha? ── Você não sabe porque ela perguntou isso, era como se ela tivesse lido sua alma e notado "você está sozinha, não é? completamente sozinha", mas ela não estava zombando de você, ela só fez uma pergunta.

── Espere, eu vou dar um telefonema. ── A moça assentiu e você foi até o telefone.

Pegou seu celular e vasculhou sua lista telefônica. Você se lembra perfeitamente bem de uma festa da empresa, em que você conheceu um cara. Você já estava noiva de Satoru, mas admite que na época achou o homem especialmente atraente.

Então, você discou e o telefone chamou. Você estava à beira da loucura pra ligar para um "acompanhante de luxo" se é que podia chamar assim. Ele se denominava assim.

── Alô? ── A voz dele retumbou por você, a voz grave e marcante, do jeito que você lembrava que era. Estava sonolenta.

── Toji?

── Quem é? ── Ele pergunta, desconfiado.

── Sou eu, [nome], acho que você não vai se lembrar, mas você estava em uma festa da empresa do meu pai, nós conversamos e você me passou seu número. ── Você foi dizendo detalhes até ele se lembrar.

── Ah, sim. Você fazia muitas perguntas, como eu poderia me esquecer? ── Ele riu fraco, você deduziu que estava se sentando na cama ou no sofá.

── Sim, hahah. Eu queria fazer mais uma, depois de quatro anos. ── Ele ficou quieto, esperando sua pergunta. ── Você ainda trabalha com aquilo?

── Ah, raramente, não ando curtindo muito essa parada, é meio desconfortável. ── Ele disse, você baixou os ombros, se sentindo meio patética.

── Desconfortável, eu sei.

── Mas eu abro exceções. ── Toji fala baixo, você sente um arrepio na espinha. ── Qual seria a sua proposta?

── França.

── O quê?

── Venha para a França comigo.

── Quanto tempo? ── Ele diz, tentando disfarçar o choque. Ele esperava muitas coisas, menos isso.

── Um mês, talvez mais. Eu ainda não sei. ── Você diz, meio perdida. ── Quanto pra você me fazer companhia?

── Você vai querer só a minha companhia? ── Toji diz, o tom malicioso tomando conta da voz dele.

── Eu vou querer o pacote completo. ── Você responde a altura. ── Quanto?

── Cem mil.

── Feito. ── Você nem hesitou, era como uma competição pra ver quem estava no controle e nessa você ganhou. Ele gargalhou.

── A viagem…

── É por minha conta. Eu já estou no aeroporto e vou comprar sua passagem, chegue logo. ── Você manda, Toji ficou quieto por alguns segundos.

── Até já então.

Quando a ligação desligou, você voltou para a recepção.

── Quero duas passagens para a França. ── A mocinha que te atendia antes sorriu, você não sabia no que ela estava pensando. Mas, com certeza, não tinha nada a ver com a situação atual. Nem você sabe o que está fazendo.

Ela te entregou as passagens e você se sentou, pegando uma revista.

Chapter 2: oui m'dame

Notes:

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Chapter Text

── Quem diria que nos encontraríamos de novo. ── Ele diz, o sorriso petulante instaurado em seus lábios; mesmo tempos depois, quatro anos para ser mais precisa, você ainda achará aquele homem uma perdição. Palavras que você jamais usaria na época pelo respeito com seu companheiro. Mas agora, do que valeria tamanho respeito?

── Toji, é mais forte do que me lembro. Quero dizer… ── Você sente seu rosto queimar, é assim que você se refere a um homem pouco conhecido aos seus olhos? Elogiando seus músculos? Claro, a camiseta grudada em seus músculos nem deixando espaço para o ar circular por baixo não estava ajudando você. ── Me desculpa

── Hahah, então você reparou. ── O de cabelos escuros diz, flexionando um braço. E pra quê? Você nem consegue disfarçar seus olhos de surpresa. ── Já tive meus dias melhores.

Ele pisca pra você, como se nem ligasse para o que está fazendo com você na sala de espera do aeroporto. Você se sentia culpada por um lado.

Como se você estivesse sendo a traidora.

── Tudo bem?

── Tudo, eu só… eu tô pensando, eu tenho que parar de pensar. ── Você deu uma risada sôfrega. ── Está na hora, vamos.

── Eu cheguei bem em cima.

── Sim, eu quase pensei que teria que dar sua passagem.

── Sairia mais barato também. ── Ele sorriu pra você, que desviou o olhar, sem querer pensando de novo. ── E, olha, sem julgamentos. Mas o que está acontecendo aqui?

── Eu só vou falar uma vez. ── Você parou no corredor, seus olhos encontrando os dele. ── Nessa noite, e até quando eu disser, eu me declaro livre. Sem pensar nos sentimentos de ninguém, assim como fazem comigo, eu não volto mais pra casa.

Toji pisca, olha ao redor e não diz nada. Fazendo uma cara de quem não ouviu nada daquilo, como se tudo o que ele ouviu apenas passasse por um ouvido e saísse pelo outro.

Mas ele assentiu, dando de ombros. Particularmente não entendendo nada.

── Vamos, está na hora. ── Ele muda de assunto, usando sua fala de alguns minutos atrás. Você sente sua cabeça latejando enquanto vocês embarcam.

Primeira classe. Bancos tão confortáveis que era como se você estivesse em casa, se a sua casa não tivesse sido destruída por uma vadia-com-bolsas-falsificadas.

── Você não vai acabar mal por largar tudo assim? ── Toji pergunta, interrompendo o caos perturbador de seus pensamentos.

── Privilégios de ser a filha do dono da empresa. ── Você diz, de modo sarcástico e quase petulante, ele se afunda em um dos bancos do avião, colocando o cinto. ── Eu resolvo depois.

Então, quando o avião alcançou os céus, Toji pediu comida e você uma água. Tendo apenas o uísque de mais cedo no estômago desde então, mas se sente um pouco fraca. Mesmo acostumada com jejuns esteticamente aceitáveis para você.

Você tirou os saltos novamente, permitindo aos seus pés mais descanso do que da última vez em casa.

Toji parecia bem acostumado com a situação para o seu gosto, já você se sentia uma estranha com um homem tão silencioso por perto. Mas não ousa comparar ele com seu marido, tentando evitar os pensamentos sobre ele na sua mente.

O céu era lindo quando o avião decolou, era o que a maior parte das pessoas naquele avião diziam, o azul escuro da noite, por mais lindo que seja até para seus olhos cansados, não te satisfaz ao te fazer lembrar dele.

Toji dormiu nas primeiras duas horas de voo, na plenitude de seus sonhos, você assistiu cada respiração dele durante seu sono. Nem você se reconhecia agora.

Horas e horas passaram enquanto você contava os minutos, ao mesmo tempo em que você ficou presa em seus pensamentos e tudo passou tão devagar, você nem notou o quão rápido tudo passou. Contraditório, não é? Bom, você não sabia mais sobre o que pensar e nem sobre o que sairia da sua boca, você agradeceu aos céus por Toji ter dormido, pelo menos, doze horas seguidas e você nem precisou acordá-lo quando eles estavam servindo a segunda ou terceira refeição do dia.

Você não tinha cabeça pra fazer contas, mesmo as mais fúteis.

── Você estava cansado, hein? ── Você diz, não poupando sua língua, sua cabeça estava dolorida e você estava inquieta de tanto estar acomodada na poltrona do avião. Sua bunda doía.

── Hum, não tenho tanto tempo para dormir em casa, é sempre um problema atrás do outro. ── Ele diz, focado demais em comer… aquilo era fígado de boi, você acha. E se pergunta se não haveria comida pior naquele avião.

── A vida é cansativa. ── Você pensa alto.

── É mais ou menos isso. ── Toji responde, olhando nos seus olhos por poucos segundos antes de comer mais um pedaço de seja-lá-o-que-for.

Você quase cochilou nas duas últimas horas de vôo, mas quando finalmente conseguiu, uma mão brevemente áspera arrumou o cabelo grudado na sua testa. Droga, você estava nojenta.

── [Nome]? Chegamos ── Você resmungou com as palavras. Bem quando você planejava dormir? ── Eu posso te carregar se você quiser, você parece meio desconfortável com suas próprias pernas.

Você abriu os olhos, suas pernas estavam realmente doloridas, seu pé nem será preciso comentar. Seus olhos encontraram os dele e você suspirou levantando e se apoiando no bíceps dele.

Seu pé doía como se você tivesse torcido. Seus músculos falharam, mas Toji te pegou no colo a tempo, carregando você no estilo nupcial. Você teria corado se tivesse sangue bombeando suas veias, você com certeza estava com a pressão baixa.

── Então você nos leva até o aluguel de carros.

O de cabelos escuros assentiu, abaixando um pouco e pegando sua bolsa e seus salto-altos. Você o guia até o aluguel de carros, ainda no colo dele.

Toji te deixou no SIXT, loja de aluguel de carros do aeroporto Paris-Orly.

── No que posso te ajudar, belle femme? ── Um homem baixo, de cabelos brancos e com o uniforme do local veio te atender imediatamente.

── Como teve certeza de que não falo Francês? ── Você disse, pelo natureza do homem de não se referir a você com sua língua nativa.

── Belezas como a sua não são tão comuns por aqui. Então, no que posso ajudar? ── Diz ele, com ar petulante.

── Eu quero um carro.

── Oh, sim. Pardonne ma naïveté. (Perdoe minha ingenuidade) ── Ele revira os olhos e pega o telefone, vasculhando algo.

── Excuses acceptées, idiot. (Desculpas aceitas, idiota, ou bobo, ou tolo, como você preferir) ── O homem de cabelos grisalhos então te olhou de cima abaixo. ── Fiz cinco anos e meio de francês e adoro o dom da França para músicas.

── D'accord, madame. ── Desviando o olhar novamente. ── Temos uma BMW 4, Series Gran Coupé na cor preta disponível no momento, mas a senhorita-

── Senhora. Eu sou casada. ── Você corta ele, querendo, por um momento esquecer o lado exaustivo dessa viagem e fazer um pouco de graça.

── Oui m'dame, mas não vejo nenhuma aliança no seu dedo, se me permite dizer.

Então você analisou sua mão esquerda, sorrindo.

── Oh, não. Não é necessário, ele está sempre por perto.

── [Nome], peguei as malas. ── Toji disse, empurrando a última mala pra perto. Você não se lembrava que eram tantas assim.

── Ton mari? (Seu marido?) ── Ele pergunta.

── Oui. (Sim) ── Você responde, mordendo o lábio enquanto olha para o rosto confuso do Toji, que não diz mais nada. ── Nous voudrons la BMW.

── Oui m'dame.

꒰ ... ꒱

── Sua voz é muito linda em francês. ── Ele se permite dizer.

── Obrigada. Eu gosto do idioma. ── Você diz, entregando a chave da BMW para ele. ── Preparado pra ser meu motorista durante um mês?

── Você não sabe dirigir?

── Eu sei, mas nunca gostei, por costume, eu acho. Meu pai nunca me deixou sem motorista. ── Você diz, entrando no carro e abandonando as malas para o Toji, que ajeita todas elas no carro.

── Me contratou apenas pra ser seu motorista?

Você sorri com a pergunta.

── Algum problema?

── Nenhum. ── Ele diz, dando partida no carro. ── Você vai ter que ser meu GPS, sabe.

── Fica tranquilo, conheço a França como a palma da minha mão, querido.

꒰ ... ꒱

── Sempre quis andar por Levallois-Perret sem pressa, meu pai nunca me trouxe.

── Como você passa tanto tempo sem dormir?

── Hum? Ah, eu tô cansada demais pra dormir, isso faz sentido? ── Você diz, apoiando sua cabeça na janela do carro, admirando a vista das ruas de Levallois-Perret. ── Eu vou querer caminhar por aqui qualquer dia.

── A viagem é sua, pode fazer o que quiser.

── Obrigada.

O silêncio se instalou entre vocês, você não costumava ficar muito em silêncio. Sempre enchendo sua cabeça de coisas pra pensar, você está tão cansada que nem seus pensamentos fazem mais sentido. Você basicamente está em Paris com um estranho e está confiante o bastante nele pra deixar dirigir um carro com você dentro. E, ainda por cima, está pagando por isso e muito caro.

Mas você só não se importa.

O silêncio ainda era estranhamente confortável com ele.

Quando chegaram na frente do Hotel 5 estrelas, Maison Souquet,Toji estacionou o carro e vocês entraram. Você pegou o quarto de luxo, nos últimos andares. Uma cama de casal (obviamente) e frigobar e atendimento de quarto. Toji, por mais grande e forte que fosse, era impossível não enxergar seus olhos brilharem ao explorar o quarto chique.

── Eu nunca fiquei em um cinco estrelas. ── Ele comenta, você fica impressionada.

── Então eu sou sua primeira vez? ── Você diz, fazendo uma piada nada engraçada que tirou o riso do mais velho. Ele acendeu a luz do banheiro e apagou.

Já era noite novamente, você finalmente reparou. Seu corpo doía.

── Eu preciso de um banho. ── Você disse, mexendo na sua roupa e olhando para ele, tão despretensioso. ── O que você faz?

Toji Fushiguro olha nos seus olhos com força, por assim dizer, você nunca se sentiu tão única aos olhos de alguém. Ele tem um olhar penetrante, definitivamente.

── De tudo. ── Toji responde, dando passos até você.

── Faz massagens? ── Você pergunta, nervosa e com um sorriso nos lábios.

Chapter 3: rythme parfait

Summary:

patreon

Chapter Text

── De qualquer tipo.

Toji sorri pra você, seus lábios rosados e brilhantes, como você ainda não havia reparado, mas agora que reparou, não consegue mais tirar os olhos deles.

── Você beija? Sabe, para alguns isso é mais íntimo que sexo… ── Você pergunta, acabando de falar mais do que deveria. Toji se aproxima de você com uma sobrancelha arqueada.

── Eu, particularmente, acho isso uma besteira. ── Ele põe a mão sobre sua bochecha e acaricia sua pele macia. ── Mas eu não beijo a maioria, é sempre um desespero, mal consigo conversar.

Você engole seco, se sentindo tão pequena na frente dele, ele era tão alto e grande que você se sentia asfixiada como se ele pudesse roubar todo seu ar se apenas respirasse perto de você.

── Eu gostaria de beijar você.

── Ah é? ── Você pergunta, quase soa como se estivesse surpresa, você quase chora e está uma bagunça na sua mente. Mas você tenta consertar. ── Então vá em frente

Ele lambe os lábios, você repete o movimento, se sentindo uma virgem em beijar, como se ele fosse tão experiente que roubasse as suas experiências. Mas não é como se você fosse uma mulher terrivelmente experiente e vívida, você se casou cedo.

Seus lábios se encostam em um selinho, nada mais, e ele se afastou deixando apenas a saudade dos lábios dele nos seus.

── Pra que pressa, princesa? A gente mal conversou. ── Toji provoca, os dedos dele arrumando seu cabelo atrás da orelha. Seu rosto queimou com o apelido. ── Você prefere como?

── Hum? A massagem?

── Ah, sim, claro. A “massagem”. ── Ele diz num tom sugestivo, você não era boba ao ponto de não entender.

── Eu… acho que gostaria que você levasse as coisas devagar, bem lento. Eu peço para mudar o ritmo se estiver entediada. ── Você diz e recebe uma gargalhada em troca.

── Você nunca vai ficar entediada comigo. ── A mão dele passa por sua nuca e ele te puxa, unindo seus lábios em um beijo de língua. Um beijo lento, no ritmo que você pediu, devagar, podendo sentir cada movimento de suas línguas combinadas e seus lábios macios.

Vocês se separam, um fio de saliva unindo seus lábios, porém sendo quebrado quando Toji deixa outro selinho enquanto você estava atordoada pelo momento.

── Eu… ── Você pisca várias vezes, arrumando seu cabelo novamente. ── Eu vou tomar um banho. ── E você sabia que era bem cedo para isso, mas… ── Vem comigo?

Regras femininas: você não toma banho com um homem se ele não for seu namorado e olhe lá, você nem se lembra quando você e Satoru tomaram banho juntos. Você arrisca que nunca aconteceu. Mas aqui está você, convidando esse homem tecnicamente estranho para tomar um banho com você.

── Claro. ── E ele está aceitando.

Você assentiu, indo direto para o banheiro e sentindo os passos atrás de você. Você liga a torneira, Toji tira a camiseta escura e você observa os cabelos bagunçados dele pelo espelho, sua visão descendo até o peitoral e assim por diante.

Ele tira a calça larga sem hesitar e seu rosto está pegando fogo, você joga a bomba de banho que deixa a água da banheira roxa e brilhante, ornando com a decoração escura do banheiro.

Você então tira sua própria roupa e mesmo de costas você ainda podia sentir o olhar dele em você. Como alguém como ele poderia chamar tanta atenção mesmo em silêncio? Mesmo que você nem sequer estivesse olhando pra ele…

Você então entra na banheira com espuma, afundando seu corpo cansado na água fria da banheira. Não demoraria para você sentir frio, e é por isso que você precisa dele.

Seus olhos encontraram os dele, quando notou-se que ele já está completamente nú. Suas bochechas estavam rosadas, o contraste com a espuma lilás da banheira.

── Você tem olhos muito bonitos. ── Ele elogia e seu tom é o típico debochante.

── Me faz um favor. ── Você pede sorrindo. ── Pega um vinho pra gente, por favor, deve ter um no aparador da entrada do quarto.

Ele assentiu e foi com toda sua confiança para fora do banheiro, devolvendo o ar para seus pulmões. A banheira tinha bastante espuma, seu corpo estava relaxado mas precisava de álcool. Você precisava de álcool.

Toji retorna com duas taças e um vinho em suas mãos, quando ele abre o vinho e despeja nas taças você pode ler o nome.

Château Routas Rosé.

Era um ótimo vinho. Você se lembra de tomar ele sozinha uma vez, na paz de sua própria companhia.

── Espero ter feito uma boa escolha. ── Toji diz, entregando sua taça.

── Fez sim. Ele tem um cheiro refrescante e é uma delícia. ── Você comenta. ── Passa perto de ser o meu favorito.

── Admiradora de vinhos?

── Nah. Passo longe disso. ── Você passa a mão em seus cabelos. ── apenas sei um pouquinho sobre.

Nesse ponto, você se esqueceu de que tinha um homem nú no mesmo banheiro que você. Até que o silêncio bateu, e você se tocou que deixou ele fora da banheira por tempo demais.

── Você já pode entrar. ── Se encolhendo na banheira, abrindo espaço para ele entrar, rindo sem graça. ── Desculpe por te deixar tanto tempo aí fora.

── Posso me sentar atrás de você?

── Por quê?

── Mais confortável pra te fazer massagem, não acha? ── Ele pontua, se levantando e você abre espaço pra ele fazer o que queria, concordando com a ideia da massagem.

Você logo sente as coxas torneadas dele envolvendo seu corpo, seu cérebro notando o quão grande ele é perto de você. Seu corpo esquenta apesar da água fresca da banheira, você aperta a taça de vinho que está em suas mãos.

Toji, ao contrário de você, continua passando a mais completa imagem de segurança. E ele pretende se manter assim, pelo tom de sua voz.

── Esse vinho é realmente muito bom. ── O moreno pontua, acomodando-se em suas costas, sentado atrás de você, tranquilo, sua respiração nem oscilava. ── Gosto de vinhos, mas acredito que nunca tenha tomado um tão caro.

── Esse não é um tão caro. ── Você olha para trás, a fim de olhar nos olhos dele para falar, esquecendo o quão sem fôlego você fica quando seus olhos encontram os dele. Mas rapidamente ele te faz lembrar de novo, quando foi que você ficou tão boba?

Você tenta continuar sem gaguejar.

── O que você achou do gosto? ── Você pergunta, ainda mantendo os olhos nele enquanto segura sua taça perto do rosto.

── Mal experimentei… ── É quase palpável a malícia em seu tom, seu corpo estremece.

── É suave, viciante… ── Seus olhos fixados um no outro, você sente a mão livre dele subir pelo seu braço esquerdo, até alcançar seu ombro.

── Soube que seria marcante desde o dia em que coloquei os olhos em você. ── O de cabelos escuros declara. ── Confesso que posso ter ficado chateado naquela noite, mas olha só para nós dois agora. Conversando sobre vinhos.

── Que tal conversarmos sobre massagens?

Então Toji dá aquele sorriso. Movendo para colocar a taça no chão, ao lado da banheira. Você também ajeitou sua postura quando sentiu suas mãos ásperas em seus ombros, por segundos, com os olhos fechados, você desejou que essa tivesse sido sua primeira lua de mel e que o homem te tocando agora fosse seu primeiro marido.

Até um homem qualquer conseguiu te tocar do modo que você queria, mas seu marido não. O homem com quem você esteve nos últimos anos gostava de tocar em outras, mas ele mal suportou te dar o mínimo de amor.

── Eu posso estar enferrujado em massagens, então, peço desculpas desde já. ── Ele interrompeu seus pensamentos, e você agradeceu por ele não poder ver a lágrima que escorreu pelo seu rosto. Você deu um gole no vinho.

── Tudo bem. ── Suspira. Quando ele começa a massagem em seus ombros, você agradece aos céus por isso. Era como se ele estivesse tirando um peso de seus ombros com as próprias mãos.

Ele era tão forte.

Você apoia seus braços nas bordas da banheira, aproveitando os dedos dele em seus músculos. Você poderia morrer nesse momento e morreria feliz, com as mãos dele fazendo maravilhas em você.

Você até começou a fantasiar nesse momento, imaginando o que mais ele poderia fazer com essas mãos.

── Gostando?

── Você realmente tem dúvidas? ── Você diz, sua cabeça se sentindo à vontade em se recostar no ombro dele. Você toma mais um pouco do seu vinho, as mãos dele vão para a sua cintura nua, e esse fato recai sobre você.

Só que agora você não se importa com isso. Tão confortável assim na presença dele.

── Posso te tocar?

── Por favor. ── Você implora silenciosamente, mesmo sabendo que não precisa disso. Toji vai fazer o que você quiser durante um mês ou mais, quanto tempo você estiver disposta a pagar. Ele ri, o ar de sua respiração arrepiando você.

Ele beija a lateral do seu pescoço, você fecha os olhos. Uma das mãos dele subindo para acariciar seu peito nú e macio, tanta inocência escapando do toque, mesmo por suas ásperas mãos. Você jamais esqueceria daquele toque, um homem tão grande, forte e mesmo assim te tratando com tanta delicadeza. Ele poderia cuidar do seu coração partido só com esse doce toque?

Você acha que sim. Deixando o toque e a luxúria tomarem conta do seu ser enquanto ele belisca seu mamilo direito e beija seu pescoço. Você suspira, seus olhos ainda fechados e sua mente vagando nos resquícios de pensamentos infelizes.

A mão esquerda dele que estava em sua cintura desceu pelo seu corpo quente. O toque fantasma se misturando com a água fresca, deixando você tão ansiosa pelos seus próximos passos. Os dedos dele vagueiam experimentalmente em sua intimidade, você morde o lábio inferior abrindo os olhos quando a mão dele pousou distraidamente em sua coxa com um aperto.

── Você fica tão bonita assim. ── Você sente suas bochechas quentes com o elogio tão casto num momento como esse. ── Ansiando tanto assim pelo meu toque, querida?

O modo como ele te chama de querida, como se fosse algo natural e rotineiro… Como seria possível não se sentir em casa ao lado desse homem? Você assentiu, olhando para ele por cima do ombro. Seus olhos verdes vibrantes quando encontram os seus, céus, você era maluca, mas cada segundo dessa viagem já valeu a pena.

Ele acaricia sua coxa, seguindo em direção a sua intimidade. Seus olhos fixos nos dele, enquanto ele admirava seu corpo. Seu coração doía um pouco, pelos motivos tolos de sempre. Mas, de novo, o toque dele te distraiu.

Você soltou um gemido surpreso com a carícia dos dedos dele em seu clitoris, sua mão livre rapidamente correndo para agarrar o cabelo dele por sua nuca. Ele sorri, continuando a mover os dedos em você. Você treme, sua taça de vinho quase escapando de seus dedos.

Seus quadris se movem, você quase implora por mais até sentir um dedo dele penetrando sua buceta, você esquece a taça de vinho, sua mão pendendo para fora da banheira larga a taça, que caí no tapete felpudo e incrivelmente não se quebra. Mas você pouco se importaria se acontecesse.

Os dedos dele trabalham habilmente em você, sua cabeça se encostando no ombro dele novamente. Seus dedos desprovidos de alianças ou anéis apertando as bordas da banheira. Você estaria aqui para se vingar?

Não é vingança se seu coração nunca sentiu nada. Se até um toque simples da luxúria poderia facilmente arrancar Gojo da sua mente.

── Toji… ── Você geme, uma das suas mãos agarrando a nuca dele quando você atinge seu ápice, apertando os dedos dele.

Vocês ficam em silêncio enquanto você se acalma do orgasmo intenso que teve. Toji pega a taça de vinho dele novamente e a bebe como se estivesse com sede depois de te dar aquela massagem.

── Obrigada. ── Você sussurra, ainda encostada no ombro dele.

Chapter 4: disciple

Chapter Text

Após um banho relaxante, vocês dois seguiram o banho naturalmente, sem muitas conversas, apenas aproveitando a companhia estranhamente confortável. Toji se retirou primeiro da banheira, pouco se importando em esconder sua intimidade endurecida, por sua causa.

── Se importa em continuarmos no quarto? ── Você pergunta, cinicamente, de certo modo. Que homem negaria prazer estando do jeito que ele está? Ignorando o fato de você ter desembolsado uma boa grana também.

Ele sorri, dando de ombros.

── Por que eu me importaria? ── Toji diz, enrolando a toalha na cintura e abaixando-se no nível da banheira, ficando frente a frente com você novamente. ── Não sou forte o bastante pra resistir a uma mulher tão linda, como pode ver.

Seu coração acelera com o rosto dele tão perto do seu, mas você mantém sua postura e lambe os lábios, analisando o rosto bem esculpido dele.

── Então, te vejo lá. ── Você sorri levemente, dando uma última olhada nos lábios dele antes dele se levantar e deixar o banheiro. Você relaxa na banheira, respira profundamente, lavando seu rosto de novo e de novo.

É bom demais estar limpa, como se todos os seus problemas estivessem indo embora quando você abre o ralo da banheira e continua a se secar, torcendo seu cabelo na toalha, ajeitando a bagunça das taças e do vinho meio bebido.

Suas pernas estão meio molengas. Não pelo orgasmo recente, mas sim pelo cansaço da viagem e tudo. Você nem sabe que horas são, e nem quer saber.

Você vai enrolada numa toalha até o quarto novamente, seus dentes e cabelos escovados, já sabendo que você iria ficar lá na cama mesmo pelo resto da noite.

Toji estava no quarto, vestindo apenas uma cueca e mexendo na mala dele, tirando de lá uma pequena pochete preta.

── E o que é isso aí? ── Você pergunta, enquanto se senta ao lado dele na cama e tenta ver o que tinha naquela pequena bolsa.

── Coisas importantes. ── Ele retira um frasco de lá, você deduz que seja óleo. E você está certa. ── Deite-se de bruços para que eu possa fazer você se sentir bem.

── Às suas ordens, Toji. ── Você responde, se ajeitando na posição em que ele mandou você ficar.

── Não, não. Às suas. ── Toji enfatiza, seu tom de voz enviando arrepios ao seu corpo. ── Vou descer um pouco a toalha e passar óleo no seu corpo, tudo bem?

O jeito que ele é atencioso mexe com você. O jeito que está sempre verificando se você está bem e se pode tocar em você.

Satoru nunca foi assim, ele sempre estava tocando você quando queria e não devia. Nem sempre te agradava, mas você não contrariava.

Você assentiu. Toji puxou a toalha branca para baixo e pingou uma linha fina de óleo por metade do caminho de sua coluna, logo esfregando sua pele para evitar que o óleo escorresse demais.

E lá estavam as mãos habilidosas dele, trabalhando em você novamente, seus dedos desfazendo os nós de suas costas. Subindo e descendo, aplicando a força necessária pra fazer você gemer levemente de satisfação.

── Deus… Onde você aprendeu isso?

── Sabe, no meu ramo… ── Ele começa, parando um pouquinho pra soltar uma risada fraca ── Não o negócio de ‘acompanhante de luxo’, o negócio de apostas. Enfim, tenho muito tempo livre… então, às vezes, eu penso que deveria aprender uma coisa nova e faço.

── Sou muito grata por suas horas vagas. ── Ele sorri, deslizando os dedos novamente sobre uma área bem sensível das suas costas - e que ele sabia que te causaria um gemido.

Alguns minutos depois, vocês deram uma pausinha. Você pegou mais uma taça de vinho para beber enquanto ainda estava enrolada numa toalha.

── Então… negócios de aposta, né? ── Você tentou puxar assunto. ── Deve render uma grana, hein?

── O suficiente para não precisar ser “acompanhante”. Tem meses que vale a pena, mas tem mês que não, como qualquer trabalho autônomo por aí. ── Ele conta.

── Aposto que esse mês ‘acompanhante de luxo’ vai ser bem mais lucrativo. ── Você afirmou, arrancando uma risadinha do moreno.

── Nada que me faça voltar pro ramo. ── Toji comenta, se sentando ao seu lado mais uma vez. ── Você foi uma exceção, bem cara.

── Nem me fale. ── Você sorri.

Seus olhos se encontraram, pela primeira vez em uma hora. Foi como se seu olhar fosse um ímã para o dele, e agora como se sua boca sentisse a necessidade de estar na dele também.

── Eu gostaria que você me beijasse agora.

── Às suas ordens, [Nome]. ── Ele se aproxima e então seus lábios têm o prazer de se encontrarem mais uma vez nessa longa noite.

Nem parece que você é uma mulher desiludida que tomou uma decisão de última hora pelo que uma recepcionista de um aeroporto disse a você. Mas também, como seria essa viagem se você estivesse sozinha agora? Estaria chorando em um hotel lindíssimo e caro? Em Paris? Seria patético.

Toji tirando a toalha branca e macia do seu corpo não é patético, oh, não, isso está longe de ser. A mão dele apoia você, te segura, te mantém nesse planeta, te impedindo de se perder em seus pensamentos. Você agarra a nuca dele, beijando-o com força, desejando que ele arranque a sua toalha e te foda imediatamente.

Como pode uma mulher desiludida como você sentir tanto tesão?

── Você quer fazer isso? ── Toji pergunta, te arrancando de seus pensamentos. Novamente, ele está sendo atencioso. Você assentiu, não conseguindo tirar seus olhos dele.

Você o quer tanto, talvez seja carência momentânea, mas você sente que precisa disso. Precisa dele colocando as mãos em você agora.

── Mais do que só uma massagem.

── Entendo. Posso te ajudar com isso. ── E então seus lábios desceram pelo seu pescoço, com beijos e leve chupadas, mas nada que te deixasse marcada.

Eles despeja mais beijos pelo seu corpo. Toji te abandona no colchão por poucos segundos antes de te virar de bruços novamente, beijando suas costas que cheiravam a óleo de massagem. Ele sobe até sua nuca, desviando seu cabelo pra distribuir beijos no seu pescoço, ele suspira.

── Você quer que eu vá devagar?

── Eu quero que você me foda, Toji, só me fode logo. ── Você diz, não realmente implorando. Aquilo era uma ordem de uma mestra em apuros.

E o seu discípulo mais do que pronto para obedecer. Toji passa os dedos por sua buceta, sentindo seus dedos ficarem úmidos, então os chupou, você não viu isso. Com sua mão limpa, ele pegou uma camisinha na bolsa de antes. No seu estado, nem daria bola se ele entrasse em você sem nada.

Ele penetrou sua buceta lentamente, seu rosto se afundando nos lençóis, ele era grande e grosso. Toji acariciou sua cintura e continuou, sua mão se estendendo para massagear o seu clitóris e aliviar a dor que ele sabe que você está sentindo.

Seus músculos relaxam e ele sabe que pode começar a estocar mais forte. Seu choramingos baixinhos se tornaram gemidos.

── Ah, Toji… Você… ── Você estava delirando, suas mãos ainda nos lençóis e seus próprios quadris ajudando nas estocadas dele.

── Shhh… Deixe-me cuidar de você do jeito que você me pediu. ── Toji diz, segurando sua voz no tom mais estável possível. ── Huh… Você é tão gostosa, sabia? Puta que pariu, sua bunda é tão linda.

Seu rosto ficou corado com tais palavras, você não sabe quando foi que seu marido elogiou seu corpo desse jeito, mas agora não importa.

Ele agarra sua cintura, te fode como ninguém nunca fez. Mas você não está realmente ali pra perceber.

Você goza primeiro, ele não demora muito também, vocês dois estão suados e jogados na cama quando tudo acaba.

Você é a mesma pessoa. Nada mudou.

Você ainda está triste com o fim do seu casamento e sabia que gozar num pau de um desconhecido não mudaria isso. Mas você prefere não pensar sobre isso.

Tudo que você faz depois de Toji sair de você é virar de costas pra ele e se cobrir. Ele entende, ou só não se importa, indo pro banheiro e saindo da sua vista novamente.